Por Isa Patto
Com a pandemia, as pessoas, pela perda do emprego ou para gerar renda, precisaram mudar o foco e se reinventar com uma nova profissão. Este é o caso da Fernanda Augusta Bráz, moradora de Santa Tereza, casada, mãe de dois filhos, formada em relações públicas. Ela trabalhava com merchandising, mas ficou desempregada e então, recomeçou a vida produzindo brownies, bolos e doces.
Fernanda sempre gostou de fazer doces e era a responsável pela sobremesa nas festas da família. “Herdei esse dom da minha avó, que cozinhava doces no tacho. Aos domingos, quando ela fazia doce de leite, a cada hora, um da família ia mexer o tacho para não queimar”, relembra a doceira.
“Eu nunca tinha pensado em fazer doces como profissão, mas com a situação que estamos vivendo, me reinventei. Comecei a fazer os doces para vender e criei a Comemore a Vida”, comenta ela, sempre sorridente.
Especialista em brownies, ela faz o tradicional, os recheados e os baby brownies, para eventos, festas e casamentos. “Também faço brigadeiro, palha italiana, bolos comemorativos, cakes, mas o que mais tem saída são os brownies e o bolo de pote. Comecei a divulgar no boca a boca e hoje vendo pelo Instagram @_comemoreavida, pelo meu site ou pelo Ifood”, explicou
O nome de sua pequena fábrica de doces foi inspirado em sua família, onde todos são muitos alegres, festeiros e tudo é motivo para comemorar. “Nessa pandemia, vi as pessoas distantes umas das outras, tristes e sem poder se encontrar. Resolvi levar alegria para elas. Eu queria que elas percebessem que, se estão vivas e com saúde, já é um motivo para comemorar. Assim nasceu a Comemore a vida”, explica Fernanda
Nascida e criada em Santa Tereza, Fernanda é da tradicional família Silva, que está no bairro há muitos anos, na Rua Salinas. Seus avós, Efigênio Augusto da Silva e Maria da Conceição Silva eram do Serro e Diamantina e quando casaram vieram morar no bairro. Seu avô era militar e ajudou a construir o 5º Batalhão, que hoje é o Colégio Tiradentes.
Ela recorda que “meu avô contava, que quando chegou, era tudo mato e que eles foram uns dos primeiros moradores do bairro. Minha infância e adolescência foram transitando entre a Praça Duque de Caxias, o Clube Oasis ou na casa de alguma amiga daqui mesmo, sem deixar de me lembrar do carnaval, de que sempre participei desde pequena com meus irmãos. Era muito divertido, tenho boas lembrança e aqui estou até hoje”, recordou.
A carnavalesca família de Fernanda, há quatro anos, criou o bloco de carnaval Nada Santa, que sai pelas ruas do bairro e com uma bateria afinada e dirigida por seu irmão Lauro Júnior, o Juninho mestre da bateria de vários blocos, vai arrastando os foliões.
O nome Nada Santa é uma referência ao bloco Banda Santa, que foi sucesso nos carnavais em Santa Tereza, na década de 80, e do qual a família inteira participava.
Sua história com a folia começou em criança, com Dona Vilma sua mãe carnavalesca que levava os cindo filhos para desfilarem no bloco Os Inocentes.
“Eu lembro do meu primeiro desfile aos quatro anos, tocando xique xique no caminhão do bloco. Depois passei para a ala das crianças, para a ala das passista até chegar a rainha da bateria. Como toda família gosta muito de pular carnaval, fundamos nosso próprio bloco onde fui porta bandeira. Posso dizer que é uma tradição familiar brincar o carnaval”, comenta a porta bandeira.
Quem quiser conhecer e encomendar as delicia do Comemore a Vida é só acessar Instagram @_comemoreavida ou pelo Ifood
Fernanda: (31) 97356.2708
