Festa dos Pretos-Velhos - Santa Tereza Tem
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Festa dos Pretos-Velhos

Tradicional Festa dos Pretos-Velhos acontece neste sábado na “Praça 13 de maio”, no bairro da Graça, em BH

A Festa dos Pretos-Velhos chamada “Noite da Libertação” que acontece há 41 anos na praça 13 de Maio, no bairro da Graça, em Belo Horizonte, será realizada neste final de semana, no dia 13 de maio, a partir das 18 horas.

A celebração – que reúne centros de Umbanda da capital mineira e região metropolitana – é um manifesto do povo negro pelo seu direito de existir e realizar suas manifestações culturais. “Vamos celebrar e reviver toda a natureza e a resistência de nossa ancestralidade, não calarão nossos tambores”, declara Pai Ricardo (Ricardo de Moura), presidente da Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente, uma das organizadoras do evento e Presidente da Reunião Umbandista Mineira (RUM), entidade que conta com a participação de 30 terreiros de Belo Horizonte e Região Metropolitana. 

São parceiros desse evento a ong Movimento Social Negro e o Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab).

Patrimônio Imaterial de Belo Horizonte.

Em 2019 a festa foi declarada como Patrimônio Imaterial de Belo Horizonte. É um momento de confraternização entre os terreiros. “Ressaltamos com a festa a força da ancestralidade do povo negro, através da qual divulgamos nossa cultura e nos protegemos dos constantes flagelos que sofremos. A celebração homenageia os Pretos-Velhos, guias espirituais da Umbanda, e é uma oportunidade de alertar para as agressões que as religiões de matriz africana vêm sofrendo com a intolerância religiosa. Assim, é uma festa muito aguardada pela comunidade umbandista mineira, com todos os terreiros convidados, sendo esperadas mais de 400 pessoas”, afirma Pai Ricardo.

Foto: Ramon César/divulgação

Festa do Preto-Velho

A festa do Preto-Velho na praça 13 de Maio recria no espaço público o ritual que é realizado dentro dos terreiros. Os centros de Umbanda que integram a festa se reunirão na praça recebendo o público com atabaques, incensos, cantigas, orações, comidas típicas e passes, tudo distribuído gratuitamente.

A praça, como sempre acontece, é limpa antes e depois da festa. “No momento que acabar o evento vamos varrer tudo. Não queremos deixar uma praça suja para incomodar os vizinhos no dia seguinte. A Umbanda é natureza, temos que preservar o ambiente onde estivermos”, explica Ricardo de Moura.

Cada centro de Umbanda levará suas comidas típicas para distribuir para a população. “Queremos divulgar a expressão de nossa religiosidade e cultura, quebrando preconceitos”, diz Ricardo de Moura.

Muitos dos Pretos-Velhos que trabalham na Umbanda hoje foram escravos quando encarnados no Brasil, e daí a ligação desses espíritos (entidades) com a luta pela libertação do povo negro.

Programação:

18 h – Concentração
18h30 – Capoeira
19h – Ritualística
20h – Os terreiros presentes darão início aos trabalhos

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