Coisas de Santê: Música Portátil - Santa Tereza Tem
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Coisas de Santê: Música Portátil

Coisas de Santê: Música Portátil leva a música para as garagens do bairro

Quem passou na terça-feira, 13, entre 18h30 e 19h30, pela Rua Cel. Teixeira de Freitas,  teve uma surpresa muito legal, um quarteto musical, dando um show na garagem de uma casa e várias pessoas assentadas na calçada assistindo. Foi o que aconteceu com a enfermeira e moradora da Rua Cel. Tenente Vitorino,  Letícia Soares Azevedo. Vindo do trabalho, passou por lá a procurar um lugar para comer alguma coisa e foi surpreendida pela música. “Chamei meu marido, Felipe, que veio com nosso bebê, Murilo. Isso aqui não tem preço. Eu morava na Nova Suíça e mudei pra Santa Tereza há 1 ano e 7 meses. Virou cachaça, não quero mais sair daqui.  Só em Santa Tereza a gente vê essas coisas. É uma delícia”.

Letícia, Murilo e Felipe

A invenção é da cantora e moradora de Santê, Luciana Vieira e seu quarteto, formado pelos músicos Léo Pires (bateria), Juninho Fiúza (guitarra) e Will Mota (teclados). Ela conta que o projeto chamado Música Portátil visa levar a música para as ruas, de forma rápida e surpreendente. Esta primeira edição foi um piloto feito na garagem de sua casa.

Ela explica que o projeto vem sendo pensado há seis anos e o objetivo é levar a música de forma democrática e meio que de surpresa para o público que for avisado e para os pedestres que estão passando na hora serem chamados a interagir.  A garagem o palco e a rua a plateia”.

Um pouquinho do que foi o Música Portátil

Nesta primeira edição, foram cerca de 45 pessoas participando em um pequeno trecho de rua. O que para Luciana foi bastante positivo, principalmente pela interação do público, com gente dançando nas sacadas dos prédios, na rua, filmando, agradecendo e pedindo mais.

A intenção, segundo Luciana, é que o projeto se espalhe pela cidade, com mais edições e vários artistas apresentando em diversos locais simultaneamente, de abril a setembro, no período de seca. O horário é sempre no final das tardes de domingo, para que as pessoas tenham o privilégio de ouvir uma boa música ao pôr do sol. “Imagina isso em toda cidade, em várias regiões?”, fala a artista.

Luciana comenta ainda que “ao mesmo tempo em que o público é beneficiado, abre-se uma frente de trabalho aos profissionais da música, de empresas de sonorização, foto jornalismo em um projeto de baixo custo. Ele não requer muita burocracia, pois a estrutura é montada dentro de um domicílio privado e a ocupação é só a rua, não esbarra em nenhuma legislação especifica ou burocracia”.

“Quem ganha com isso é a população em um projeto inclusivo, para público de todas as idades. Nesta edição havia crianças, jovens, idosos, adultos e até pets. É um resgate de convívio familiar harmônico entre gente de todas as tribos e todas as idades”, ressalta a idealizadora do Música Portátil, que pode ser levada pra todo canto.

Coisas de Santê!

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