Ateliês de Santê: A pintura de Vânia Cury - Santa Tereza Tem
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Ateliês de Santê: A pintura de Vânia Cury

Ateliês de Santê: A pintura de Vânia Cury e seu amor pelo bairro

A pintora e jornalista Vânia Cury, moradora de Santa Tereza, apenas depois de se aposentar do trabalho na redação e assessoria de imprensa, assumiu o seu lado artístico, especialmente a pintura. Ela está com sua primeira exposição individual, “Altar”, que fica em cartaz até o dia 19 de outubro, na Maison Escola de Arte, Rua Tomé de Souza, 1067 – Savassi (em frente ao Relógio do Sol).

Vânia comenta que “sempre quis trabalhar com arte, inclusive estudei música, quando adolescente, mas quando fui fazer jornalismo, apaixonei pela profissão e fiquei nela. Aí não dava tempo de fazer outra coisa. Então assim que me aposentei do jornalismo comecei a voltar para a pintura”.

O que fez realmente a artista entregar-se à pintura foi quando passou por uma fase difícil com problemas de doença na família. “A única coisa que aliviava a minha angústia era pintar. Quando as coisas serenaram resolvi me dedicar mais e estudar. Foi quando vim pra Maison Escola de Arte, onde estou há dois anos”, explica a artista.

Vânia já participou de algumas exposições coletivas e agora está com a individual. “Esta é a minha primeira exposição individual e é estranho eu chegar aqui ver esses quadros e me pergunto, fui eu que fiz? E me respondo, claro que foi. Na abertura, me emocionei e chorei mesmo.  No jornalismo a gente sempre fala coisas por outras pessoas e de outras pessoas, mas na pintura é você, sua alma, sua cabeça, seus sentimentos que estão aqui. É como se eu estivesse me expondo literalmente, o que, principalmente para mim é difícil.  Pode não parecer, mas sou muito introspectiva”.

Sobre sua arte ela comenta que “não tenho muita explicação para minha pintura, sou autoditada. Agora na Maison, encontrei uma orientação, principalmente com Wagner Hardy, em relação ao caminho a seguir em meus trabalhos.

Sobre Santa Tereza

Vânia faz uma declaração de amor ao bairro, pelo qual nutre profunda paixão: “nasci em Santa Tereza, moro em Santa Tereza e amo o bairro. Isso aqui é uma delícia. Adoro os bares, as coisas que acontecem na Praça. Aproveito tudo que é possível de Santa Tereza, desde os eventos culturais e até apenas caminhando por suas ruas. Eu e o Marcio, meu marido, sempre saímos andando por aqui. A gente depois senta lá na Praça e ficamos conversando e aproveitando o a tranquilidade do espaço.  Daqui de onde moro, no limite da Floresta, só mudo, se for mais pra dentro do bairro. É meu canto”.

Sobre a exposição “Altar”

Constam da exposição 23 trabalhos de pintura, sendo 18 acrílica em tela e cinco acrílica sobre azulejos. Neles, apesar da delicadeza das cores e do toque rococó de camafeus, mostram as dores, tristezas e carências do ser humano, amenizados por cenas de solidariedade e amor.

Sobre a exposição, Vânia ressalta que, “os quadros refletem muito o amor e a situação política e social do país que está muito complicada e não dá pra gente ignorar isso.  Foi bem difícil conciliar os temas com a forma que eu queria utilizar, como as cores mais claras, como o zul, gente voando, anjos e camafeus.

“Altar” fica em cartaz até o dia 19 de outubro, na Maison Escola de Arte, Rua Tomé de Souza, 1067 – Savassi (em frente ao Relógio do Sol). A entrada é franca.

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