Muro dos Poetas em Santa Tereza - Santa Tereza Tem
Logo

Muro dos Poetas em Santa Tereza

Muro dos Poetas em Santa Tereza, a poesia na rua

A Rua Conselheiro Rocha, onde fica o muro que separa a linha do metrô do bairro, está se tornando um verdadeiro corredor da cultura. Agora, além das obras de arte feitas na intervenção Território Urbano, no mês de julho,  o muro está sendo coberto por versos, que colorem e alegram ainda mais o lugar. Em vez de concreto, poesias.

A iniciativa denominada Muro dos Poetas foi idealizada pela Confraria dos Poetas, grupo que se dedica a divulgar e levar o estilo literário a diversos locais da cidade.

Antonio de Pádua Galvão, economista, professor, escritor e um dos idealizadores, explica que inicialmente pretendiam fazer a intervenção no Corredor Cultural no Alto Vera Cruz, onde os grafiteiros se reúnem. Depois optaram por Santa Tereza. “Santa Tereza é nossa referência cultural, pois toco no Bloco dos Pescadores, que se reúne aqui no Bar do Orlando, em frente ao muro do metrô.  A  Segundo ele “estamos caminhando pelo muro, escrevendo poemas de vários autores e preenchendo toda parede. A ideia é também levar o projeto para as estações do metrô, Alto Vera Cruz”.

Antônio Galvão

O projeto é bancado financeiramente pelos integrantes da Confraria dos Poetas, que rateia as despesas para pagar as tintas e o artista que escreve no muro. Mas se a comunidade quiser contribuir, seja doando tintas ou contribuindo para pagar o artista Se você se interessar em colaborar financeiramente com o projeto, doando tintas ou contribuindo para pagar o artista plástico, basta entrar em contato com o Antonio Galvão pelo telefone 99956 9161.

Os artistas Leo Boneco (foto) e Lucas fazem as artes no muro

O objetivo do Muro dos Poetas é mostrar a linguagem da poesia como forma de ver o mundo de jeitos diferentes.  “A poesia é uma linguagem da alma, que pode ser tanto trágica e negativa, quanto romântica, apaixonada, contestadora. E as pessoas não estão acostumadas a comprar livros de poesia para ler e presentear. Portanto, este é um trabalho de divulgação e criação de novos leitores. E os pequenos não ficam de lado, já que também fazemos intervenções em escolas gratuitamente. A escola que quiser receber nosso trabalho, pode falar comigo pelo telefone 99956 9161”, explica Galvão.

O eterno Carlos Drummond Andrade

Sobre a Confraria dos Poetas

A história da Confraria começou com o poeta Antonio Galvão, que escreve há muitos anos para jornais e lançou vários livros de poesias e crônicas. Ele conta que “nesse ofício encontrei outros poetas que apresentavam na Praça Sete.  Começamos a interagir, principalmente eu, Rogério Salgado, Ildeu Baroni, José Ilton e Marcia Araújo. Aí pensamos em criar um projeto que homenageasse os grandes escritores que viveram ou moram em Belo Horizonte. Assim nasceu a Confraria dos Poetas”. 

A primeira homenagem foi a Carlos Drummond Andrade com a fixação de uma placa na casa, onde o poeta morou à Rua Silva Jardim, no bairro Floresta. O segundo foi Pedro Nava, que frequentava na Rua da Bahia o Bar do Ponto e a Gruta Metrópole, onde colocaram uma placa frases do escritor e no promoveram um sarau no local, no último mês de agosto. A ideia é fazer duas homenagens por semestre.

Anúncios