Flores para Faride, coisas de Santê

Li em algum lugar, que quando a gente morre talvez fique nossa foto no porta-retrato da casa de alguém. Realmente é isso, deixamos nossa marca na vida, seja ela boa ou ruim, e é por ela que seremos lembrados e se deixarmos um pouquinho de luz nessa nossa breve existência e sermos perpetuados por ela, podemos nos considerar vencedores. Tudo isso é pra falar da dona Faride Maria Serafim, que encantou na última sexta-feira, e por ter deixado sua luz e seu rastro de alegria, recebeu uma simples e linda homenagem: flores e um bilhete deixado na mesinha da Praça Duque de Caxias, seu lugar preferido.

Moradora da Rua Estrela do Sul, a Praça era como o prolongamento de sua casa,  o seu quintal. Estava sempre assentada no banquinho da primeira mesinha em frente ao Colégio Tiradentes. Ali ela proseava com uns e outros, ria e conhecia cada canto, cada planta, cada criança do lugar.

Por isso mesmo, na mesma mesinha, seu lugar preferido, provavelmente uma das inúmeras pessoas com quem ela proseava, deixou vasinhos de violetas com um bilhete, onde diz que a Praça não vai ser mais a mesma sem Faride. Daí a homenagem no banco,onde ela gostava muito de ficar todos os dias. ” Vou sentir muito sua falta. Beijo, Rosana”.

Karinna e a avó Faride

A neta de dona Faride, a Karinna Santos, emocionou-se com a homenagem e completou colocando um rosa vermelha e comenta que “foi muito bonito da parte dessa pessoa, pois Praça era o único lugar que ela ficava conversando com os amigos e que nós, seus netos, aprendemos a amar. Sem sua presença, realmente a Praça, ou melhor, Santa Tereza não vai ser a mesma”.

Essa simplicidade, que toca fundo,  a gente encontra em Santa Tereza. São coisas de Santê!