É a cara de Santa Tereza foi o comentário comum dos “pescadores”, que vieram aproveitar a tarde da segunda-feira de carnaval. O bloco é essencialmente formado por moradores do bairro, que curtem o Bar do Orlando e em seu repertório apenas marchinhas das antigas. Uma característica é ser o bloco com o menor trajeto de cortejo, que vai da Praça do Orlando à Praça do Santa Pizza, praticamente um quarteirão.
Daniel Travassos e a família
Famílias inteiras, de netinhos e netinhas à vovôs e vovós, aproveitaram a folia ao som de “Você pensa que cachaça é água”, “Alalaor”, “Jardineira”, entre outras. Todo mundo cantando e dançando em alegria contagiante e houve espaço até para o “Fora Temer”.
O veterinário Daniel Travassos, da Veterinária Santa Tereza, veio com a família. “Ontem saímos no Bloco da Esquina e hoje nos Pescadores. Existe coisa mais cara de Santa Tereza do que isso? As pessoas estão brincando na rua sem medo, com tranquilidade, sem estresse. É muita alegria junta”, comenta ele.
Já outro morador do bairro, o professor Franz Lima Betrucelli, ressalta que o carnaval voltou a ser da população. “O carnaval do bairro é inclusivo, uma mistura de diversidade e que não aceita a determinação de regras impostas por um grupo de poucas pessoas, como se tentou fazer aqui, nos últimos anos. O carnaval flui com tranquilidade em diversos espaços do bairro e atende a todo tipo de gosto, se não há imposições de interesses individuais. É voz do povo”.
Quando ao Bloco dos Pescadores Franz comenta que “é o resgate do valor das músicas que são realmente carnavalescas como as marchinhas”.
Apesar da centenas de “pescadores e pescadoras”, que vieram se juntar ao bloco, teve espaço pra todo mundo esbanjar alegria e criatividade nas fantasias.
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Fotos: Eliza Peixoto/Santa Tereza Tem
