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Programa Lixo Zero Santa Tereza

Programa Lixo Zero Santa Tereza traz coleta seletiva ao bairro

Caminhão fará a coleta às 2ªs entre 7h e 9h da manhã, no quarteirão em torno da Emplo

A partir da próxima segunda-feira, 23/10, Santa Tereza contará com o serviço de Coleta Seletiva Solidária, que inicialmente será implantado em um quarteirão e aos poucos ampliado para todo o bairro. A iniciativa faz parte do programa “Lixo Zero Santa Tereza”, puxada pela Escola Municipal Professor Lourenço de Oliveira (EMPLO), e na versão piloto beneficiará o quarteirão da escola, abrangendo as ruas Anhanguera, Salinas, Itacolomito e Teixeira Soares.

O bairro, que ainda não é contemplado pelo serviço de Coleta Seletiva oferecido pela Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) da Prefeitura de Belo Horizonte, agora receberá a coleta seletiva solidária, realizada pelos catadores da COOPESOL LESTE, em caminhão próprio, que leva a marca da Rede Lixo Zero Santa Tereza. Para participar, moradores do entorno da EMPLO devem colocar nas lixeiras onde é feita a coleta convencional (feita pela SLU) resíduos sólidos como vidros, papeis, plásticos e metais, às segundas-feiras, entre 7h e 9h da manhã. Importante colocar somente estes resíduos recicláveis pela manhã , sem misturar com o lixo comum que será recolhido pelo caminhão da SLU na parte da noite.

Cortejo artístico marcou o lançamento do programa

O programa Lixo Zero Santa Tereza foi lançado na manhã de quarta-feira, 18/10, com um cortejo artístico que percorreu as ruas que farão parte do projeto-piloto. Lançamento contou com a bateria formada por alunos do Colégio Santos Dumont, projeto desenvolvido por Pantchola,  regente do Inocentes de Santa Tereza, e também os personagens Dona Recicla e Dom Catatudo (Raquel Quintão e Márcio Vesoli).


Lixo zero

Trata-se de um conjunto de estratégias e ações que mobiliza moradores, para afirmar que é possível eliminar a geração de lixo, em prol da vida e do desenvolvimento sustentável.

Os materiais recolhidos serão levados para a Central de Tratamento de resíduos da COOPESOL Leste, no bairro Granja de Freitas, onde 43 cooperados atuam na triagem de materiais recicláveis. A comercialização de materiais recicláveis beneficia o meio ambiente e gera renda a milhares de famílias de catadores de Belo Horizonte.

A ideia propõe um novo olhar sobre aquilo que descartamos no dia a dia, mostrando que quase tudo é passível de ser reaproveitado ou ganhar nova função. Luísa Torres Furtado, professora de Educação Ambiental e idealizadora da Coleta Seletiva na EMPLO, conta que estudos que fundamentam o programa Lixo Zero defendem que 90% do lixo doméstico têm potencial de reaproveitamento e apenas 10% deveria ser descartado.

“Em breve, a chegada de outras instituições de reciclagem vai permitir a coleta e destinação de outros tipos de resíduos, como lixos orgânicos e eletrônicos. A ideia é ampliar a rede de parcerias, para que possamos estender a coleta para todo o bairro. Mas, para que a iniciativa seja viável, precisaremos contar com a adesão e apoio dos moradores. Convocamos a comunidade, os comerciantes e as escolas a se juntarem à Rede, para realizarmos o sonho de tornar Santa Tereza um bairro com lixo zero”,

A turma responsável pela implantação do projeto

Estão unidos nesta rede Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável (INSEA), Observatório da Reciclagem Inclusiva e Solidária (ORIS), Projeto Novo Ciclo, Associação dos Moradores do Bairro Santa Tereza (ACBST) Escola Municipal Professor Lourenço de Oliveira (EMPLO), Cooperativa Cooperativa Solidária de Trabalhadores e Grupos Produtivos da Região Leste (COOPSOLLESTE), Spira Lixo, Emplário e Quintal Escola da Gente – a atividade mobiliza parceiros e comunidades pela qualidade de vida e cuidados socioambientais no bairro.

Mudança de olhar

Izinho e Gabriel reforçam a importância do lixo zero

O ambientalista e morador de Santa Tereza, Clair Benfica, mais conhecido como Izinho, acompanhou parte do cortejo e reforçou a importância do projeto: “Acredito que a relação das pessoas com o lixo deve ser repensada, pois jogar fora na verdade é jogar dentro do planeta. É preciso uma mudança de paradigma nesse sentido, pois sempre que um bem é extraído da natureza e transformado em utilidade, cumpre um ciclo de vida que tem fim, mas pode ser reiniciado ao ganhar outra função. Dessa forma, ao invés de lixo será considerado como matéria-prima. Por exemplo, uma bicicleta que quebrou pode virar um monociclo. Uma casca de banana pode ser transformada em doce ou utilizada para compostagem”, explica.

“É fundamental trabalhar a conscientização sobre o assunto com as crianças para desmitificar o conceito negativo que tem o ‘lixo’, como aquilo que desprezamos, que não serve mais. As relações de maus tratos com nossos rejeitos têm gerado consequências graves como a contaminação do meio ambiente e problemas de saúde. As novas gerações podem mudar isso, com um olhar mais atento a essa questão”, alerta Gabriel Quintão, pesquisador da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).

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