A apresentação do músico e compositor Gabriel Guedes integra a programação cultural das comemorações do Dia das Padroeiras de Santa Tereza. Neste concerto o artista interpreta músicas de Bach, Beethoven e composições próprias. Ele, que é morador de Santa Tereza, comenta que “é um honra ter sido convidado pelo padre Márcio para participar das festividades das padroeiras. Tenho uma imensa gratidão com a paróquia por ter permitido, que eu lançasse meu CD, em 2013, na igreja, um sonho que eu acalentava. Além disso, divulgar e permitir que a população possa apreciar a beleza da música clássica é fantástico”.
Padre Márcio Ribeiro de Souza, pároco de Santa Tereza
Para o padre Márcio, responsável pela Paróquia de Santa Tereza, “a música e a arte em geral é um dom divino e colocá-la a serviço da evangelização é compartilhar esse dom”, diz Padre Márcio Ribeiro. “Estamos em um bairro, que tem tradição cultural e a paróquia procura valorizá-la, especialmente os artistas locais. A igreja está aberta ao diálogo com a cultura de Santa Tereza e pronta a compartilha-la, desde que seja possível conciliá-la com a missão da Igreja”.
Sobre Gabriel Guedes
Fera ao executar diversos instrumentos, Gabriel Guedes carrega a música no DNA. Neto e filho de músicos, Godofredo Guedes e Beto Guedes, como era previsível, o contato com a música começou no berço. Usava os instrumentos do pai como brinquedo e convivia, quase que diariamente, com a turma do Clube da Esquina. Autodidata ele ressalta em uma entrevista de 2013 ao Santa Tereza Tem, que “minha referência musical é o Clube da Esquina e meu avô Godofredo Guedes. Ele morreu eu tinha oito anos, mas tenho boas lembranças. Ele era multiartista: músico autodidata, compunha, tocava, construiu sozinho um piano e era uma pessoa muito doce”. Do avô, ele herdou, além da inquietude musical, o amor pelos instrumentos musicais e a criatividade no ofício de luthier e a simplicidade.
Bruno Mallaguth e Gabriel em concerto na Igreja de Santa Tereza 2015 Foto: Eliza Peixoto
Essa inquietude não permitiu que ele tivesse o ensino formal da música, não se adaptando a professores ou escolas. Os acordes, ele descobria sozinho ou pedia aos músicos amigos que lhe ensinasse algumas técnicas e ficava treinando. Atualmente, faz shows no Rio, em Belo Horizonte, em diversos locais, e em cidades do interior. Dominando com maestria, a guitarra, o piano e alguns instrumentos de sopro, transita com maestria entre o popular e o erudito e tem se dedicado ultimamente à composição.
Em 2015, também na comemoração da Festa das Padoreiras, ele junto com o músico, Bruno Mallaguth, também morador do bairro apresentaram um concerto com músicas autorais e Bach.
Nesta segunda, além da Ave Maria de Gounod, o músico interpretará composições próprias, obras de Johann Sebastian Bach e Ludwig van Beethoven. É um belo espetáculo com entrada franca, aberto a toda comunidade de Belo Horizonte, a partir das 20h.
Serviço:
Data: 10 de outubro, 20h, após a missa das 19h
Repertório: Bach, Debussy, Bethoven e autorais
Entrada: franca
Um pouco do Concerto de 2015.
