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De pai pra filho

Mal o dia amanhece pai e filho, Moacir e Rodrigo, começam a lida no Açougue que leva o nome do pai. É o trabalho diário de receber as carnes, conferir se está tudo dentro da qualidade necessária, o processo de desossar, refrigerar e abrir as portas, exatamente, às 7h. A história se repete há 18 anos, quando Rodrigo veio definitivamente trabalhar junto com o pai no “Açougue do Moacir”, que fica à Rua Mármore, 157, em Santa Tereza.

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Moacir e Rodrigo Foto: Eliza Peixoto

Rodrigo Silva, 41 anos, duas filhas, conta que desde criança ele sabia que um dia iria trabalhar com o pai. “Já exerci outras profissões, mas no fundo eu sabia que meu lugar era aqui. Aprendi a profissão de açougueiro, com o pessoal que trabalhava com meu pai e com ele também.”

Moacir Milagres Faria, 68 anos, é figura conhecida no bairro, pois há 50 anos, mesmo antes do Rodrigo nascer, já atendia os moradores de Santa Tereza e região. Muitos dos seus clientes são velhos conhecidos, passando de geração em geração o hábito comprar no açougue dele.

Ele começou na profissão ajudando o irmão, que abriu um açougue, onde hoje está a Mercearia Lacerda. Quando irmão voltou pra Betim, ele abriu o próprio negócio na loja onde está até hoje. “Tem cliente que mudou de bairro, mas continua comprando com a gente”, revela. O bairro mudou, o comércio se diversificou, contudo, ele faz questão de manter algumas características do modo de trabalhar. “Até hoje uso a velha caderneta”.

Moacir é só elogio para o filho.  Pelo seu olhar, dá pra perceber o orgulho que sente por ter o Rodrigo junto com ele. “Rodrigo sempre foi um bom menino. Só de vez em quando merecia uma bronca. Tenho orgulho dele trabalhar aqui. Sem ele, vou lhe falar, seria muito difícil tocar o negócio hoje. A parte de banco, pagamento, entrega, a administração fica toda por conta dele”, conta Moacir.

“É a gente se dá bem e trabalha em conjunto. Quando tem alguma decisão a tomar, a gente conversa, discute, mas no final mesmo é ele quem decide”, comenta Rodrigo rindo. Rodrigo conta que “Moacir é também um avô gente boa. Outro dia, não deixei as meninas saírem à noite pra procurar o tal do Pokémon e ele quebrou o galho, levou as duas pra caçar esse negócio aí”.

Além da mesma profissão, há carinho e respeito de pai pra filho e de filho pra pai.

 

 

 

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