Bloco Bruta Flor - Santa Tereza Tem
Logo

Bloco Bruta Flor

Bloco Bruta Flor vai além do Carnaval com uma proposta social de valorização da mulher e denúncia da violência

IMG_9255

Bloco Bruta Flor – Foto: Eliza Peixoto

Apesar de pequeno, o bloco Bruta Flor,, contagiou quem passou pela Rua Hermilo Alves com Contorno, na entrada de Santa Tereza na manhã de domingo. O encanto não for só pelo colorido, a beleza das roupas e o som da bateria, mas pela proposta do bloco, a denúncia da violência contra a mulher.  Integrado apenas por mulheres é um bloco forte, com a força da mulher. Com seus instrumentos, alguns feitos de latas vazias, elas encheram com a ritmada bateria, afinado vocal a Rua Hermilo Alves, a partir do número 34.  A escolha do local não foi por acaso, mas por ser o ponto de apoio às mulheres vítimas de agressões, a Casa Bem Vinda.

claudia manso

Cláudia Manso

Uma das características do Bloco é  tudo, desde as canções, os trajes e adereços e instrumentos,  ter sido feito por elas, segundo Claudia Manzo, uma das criadoras do bloco. junto com Vi Coelho e Gal do Vale. “O bloco surgiu a partir de um grupo de artistas de diferentes áreas, que fazem performance e shows com a temática do universo feminino.  A ideia veio da Viviane Coelho, logo abraçada por mim e a Gal. Depois de organizado o bloco, começamos a ensaiar e montamos oficinas para ensinar a tocar os instrumentos, quem não sabia, conta a cantora e compositora chilena, Cláudia, que já está amineirada, depois de quatro anos em BH.

Assim, o bloco usou o carnaval não apenas para se divertir, mas para denunciar a violência física e moral e mostrar para as mulheres, vitimas dela, que existem esperança e outros caminhos, fora o sofrimento e a aceitação. Não é só pela festa, mas uma proposta de democracia social e de reivindicação do lugar da mulher na sociedade, explica Claudia Manzo satisfeita com o resultado.

josé

Carlos da Silva

O catador de latinha, José Carlos da Silva, parou seu trabalho para ouvir as músicas e a bateria. “Dos blocos que vi por aí este é o que mais gostei. Nota 10 pra bateria e para as letras, que não falam imoralidades, mas da luta da mulher hoje em dia. Não é fácil ser mulher, é preciso ser forte pra criar os filhos, trabalhar e cuidar da casa. Elas deviam ir pra Praça. Iam fazer sucesso, comenta ele em sua simplicidade”.

Laís Kunzendorff é designer está realizado uma pesquisa para a UEMG (Universidade de Minas Gerais) sobre o carnaval e a relação o com a identidade visual. Por isso veio ver o bloco. “A mensagem é fantástica. É um trabalho pela resistência feminina muito importante nos dias atuais. E pra minha pesquisa foi muito interessante conhecer o trabalho do grupo.”

A francesa, mas mineira de coração, Cristiane Gubert, moradora do bairro Gutierrez, estava fazendo gravações para enviar a seus amigos da França. “Amo o Brasil, onde moro há 62 anos. Um país de musicalidade excepcional e criatividade. Pena que os políticos se preocupam mais com eles do que com o povo. E a proposta deste bloco é muito importante, pois atualmente as mulheres e os idosos são desrespeitados e sofrem com a violência” ressalta. (Mais fotos em nosso Facebook)

Contatos com o pessoal do bloco pela página do Facebook

cristiana

Cristiane Gubert

lais

Laís Kunzendorff

Anúncios