Abra a porta para Bárbara e feche a casa para a dengue - Santa Tereza Tem
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Abra a porta para Bárbara e feche a casa para a dengue

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Faça chuva, sol, frio, calor, logo pela manhã Bárbara Gonçalves  já está batendo à porta das casas de Santa Tereza. Assim também fazem seus colegas de trabalho em diferentes bairros de Belo Horizonte. Bárbara faz parte dos Agentes de combate a endemias da prefeitura.  Ela integra a equipe de nove pessoas, que trabalha na prevenção e controle da dengue, nos bairros Santa Tereza, Floresta e Colégio Batista.

A função deles é encontrar e exterminar possíveis criatórios de larvas do mosquito Aedys Aegypti, vetor da dengue nas residências e assim e impedir o aumento dos casos de dengue na região.  Além disso, eles orientam a população sobre como evitar a doença.

Cada um dos agentes é responsável por visitar entre 800 a mil imóveis no ano e por dia tem a meta de ir a pelo menos 25 residências. No caso de Bárbara, as casas visitadas ficam nas Ruas Amianto, Raimundo Nonato, Pouso Alegre até Salinas, Alvinópolis e Tenente Durval.  

A agente explica que cumprir a meta, infelizmente,  nem sempre é possível. Segundo Bárbara, “muitas pessoas não compreendem bem nosso trabalho e não nos recebem. E,  geralmente são os locais onde há focos do mosquito. Outras , quando apontamos algum problema, como por exemplo, um pratinho de planta com água,  ficam ofendidas e nos manda sair”. Além disso,  há casas fechadas porque estão com pendência na justiça e não têm como entrar (12%) e em outras os moradores estão trabalhando, em torno de 9%. No último caso, os agentes voltam no sábado para tentar fazer a vistoria. Ela alerta que “a recusa nos impede de trabalhar direito e pode resultar em casos de dengue no próprio morador da residência e nos vizinhos”.

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“Nosso trabalho não é atrapalhar a vida de ninguém, muito antes pelo contrário, é cuidar da saúde das pessoas. Isto porque a maioria dos focos não é devido à água da chuva, como muita gente pensa, mas o que você põe ou deixa de tirar de dentro de casa”, explica ela.

Segundo Bárbara, 2,7% da regional Leste está infestada pelo mosquito e os principais focos de criatório encontrados  em vasos de plantas, (em pratinhos e plantas aquáticas),  em plásticos (pontinhos de iogurte, saquinhos jogados no quintal),   em “inservíveis” ( latas e vasilhas  jogadas no quintal) e o restante  se divide em garrafas, vidros, vasilha de água para animais, aquários,caixa d´água destampada, pneus, vasos sanitários sem uso, enfim em recipientes que podem armazenar água.

Quando é encontrado algum foco, por exemplo, lixo espalhado pelo quintal, o proprietário é orientado a fazer a limpeza do local no prazo de uma semana. Caso não regularize a situação, ele é cientificado e tem mais dois dias para resolver o problema. Depois disso, o caso é encaminhado para a Vigilância Sanitária.

Segundo Bárbara, na região Leste já há 21 casos confirmados da doença e 03 suspeitas. O número pode ser maior, já que nem todo paciente procura o Posto de Saúde Pública e a estatística é feita baseada no atendimento público. Os tratados pela rede particular ficam de fora.

Alerta geral

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Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, cresceu em 78%, na última semana, o número de casos da doença confirmados e suspeitos na capital mineira. Só nos primeiros meses do ano foram 1630 notificações, sendo que as regiões Centro-Sul,  Norte, Nordeste, Pampulha e Venda Nova registram a maior parte.

 Este é um sinal de alerta, pois com o final das chuvas a tendência é aumentar ainda mais, se as pessoas não tomarem as medidas preventivas necessárias. Portanto, abra a porta para Bárbara e seus companheiros de trabalho e feche sua casa para dengue.

Para evitar a dengue:

Abrir a porta para o Agente e seguir as orientações:

1- Cobrir com areia todo o pratinho, que recebe água dos vasos de planta ou retirá-lo.

2- Planta aquática: colocar brita na água ou lavar o recipiente todo dia.

3- Aquários: os de tartaruguinhas devem ser lavados todos os dias, pois elas não comem as larvas; os de peixe devem ser tampados, pois nem toda espécie se alimenta das larvas.

4- Colocar de boca para baixo  latas vazias ou guarda-las em local coberto.

5- Manter os quintais livres de lixo, principalmente os que podem acumular água.

6- Manter as caixas d´água tampadas.

7- Retire sempre a água da bandeja externa da geladeira e ar condicionado e lave com sabão.

No caso de casas abandonadas e com possíveis focos, a reclamação pode ser feita por meio do número 156 da prefeitura, dando o endereço para que o proprietário seja notificado. A denúncia pode ser anônima.

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