Uma antiga casa da década de 30, de esquina, na Rua Conselheiro Rocha 2845,  chama atenção de quem passa, não só pela antiguidade, mas também pelas pinturas que ornamentam as paredes externas.  É aqui o ateliê, onde o  pintor  Antonio Castelo Branco dá asas à imaginação e cria seus quadros, esculturas em cobre e, de quando em vez, arrisca-se em escrever um conto.

Natural de Varzelândia, Norte de Minas, ele veio para Santa Tereza ainda adolescente, aos 15 anos.  Há 45 anos montou seu ateliê, onde,  além de criar suas obras também ministrava aulas de pintura.  As aulas hoje são dadas nas casas dos alunos ou de forma inusitada na Praça Joaquim Ferreira da Luz, ao lado do ateliê.

Em suas aquarelas ele recria as paisagens mineiras, cria formas geométricas, enfim, coloca na tela e nas cores o que, segundo ele, lhe dita a alma.  Autodidata já participou de diversas exposições individuais e em grupo, de várias oficinas, além de ter recebido prêmios como “O percurso do Talento”, da Secretária de Cultura de Belo Horizonte e Menção Honrosa no Salão de Artes da Polícia Militar.

Segundo ele, “a gente pinta quando a vontade chega e não dá nem para parar. Por isso às vezes durmo aqui mesmo no ateliê.  Quando não estou pintando, estou trabalhando nas esculturas, lendo, escrevendo e cuidando do gatos que crio e por quem tenho muito carinho”.

O artista de múltiplas facetas já editou o livro de crônicas “O pescador de arco-íris, uma aquarela diferente”, que está esgotado.

Atualmente, expõe e comercializa seus trabalhos na Feira de artesanato da Avenida Afonso Pena, a “Feira Hippie”.