O Poeta da Vila, homem que viveu apenas 27 anos e compôs cerca de 250 canções, tem histórias curiosas e brigas que o fizeram criar verdadeiros clássicos do samba. Para lembrar a obra e as anedotas do músico, na celebração dos dez anos do Centro Cultural Unimed-BH Minas, será apresentado o musical “Noel Rosa, Coisa Nossa”, com Alfredo Del-Penho, também responsável pela direção musical e Fábio Enriquez dividindo o papel principal.
A direção é de Cacá Mourthé. O espetáculo será apresentado nos dias 27/10, sexta-feira, às 21h, e 28/10, sábado, às 20h. Os ingressos, que podem ser comprados na bilheteria do Teatro ou no site Eventim, custam no Setor 1, R$ 100 (inteira), no Setor 2, R$ 80 (inteira) e no Setor 3, R$ 40 (inteira). A classificação é 12 anos.
A peça tem texto do imortal da Academia Brasileira de Letras Geraldo Carneiro que celebra com o espetáculo 50 anos de trajetória artística. A peça revela ao público os momentos mais divertidos e emocionantes da vida de Noel Rosa, bem como alguns casos curiosos que deram origem à obra do artista. O texto reconta episódios divertidos, boêmios e trágicos da vida meteórica do Poeta da Vila. “O maior desafio do espetáculo é trazer para o texto o senso lúdico e o humor anárquico do Noel. Sua arte está viva e atual por causa dessa mistura de lirismo e humor sem precedentes na música brasileira”, afirma Geraldo.
Sobre Noel Rosa
Conhecido como o Poeta da Vila, Noel teve em seu nascimento fratura e afundamento do maxilar provocados pelo fórceps, além de uma pequena paralisia na face direita que o deixou desfigurado para o resto da vida.
Alfabetizado pela mãe, foi matriculado no Colégio Maisonnete quando tinha 13 anos, depois foi para o São Bento, onde ficou até 1928, recebendo dos colegas o apelido de Queixinho. O artista cursou a faculdade de medicina, mas não completou a graduação.
Teve paixões por mulheres que se tornaram musas de alguns de seus sambas, como no caso de Ceci, interpretada no musical por Dani Câmara, dançarina de um cabaré da Lapa.
Noel casou-se com Lindaura, vivida por Julie Wein, vivendo uma vida precária, tal união não modificou seus hábitos boêmios, que acabariam por comprometer irremediavelmente a sua saúde. No início de 1935, já com os dois pulmões lesionados, viajou com a mulher para se tratar em Belo Horizonte. Porém, o tratamento durou poucos dias, pois o compositor logo começou a frequentar os bares e o meio artístico da cidade.
Apresentando algumas melhoras, em setembro retornou ao Rio de Janeiro. Contudo, em fevereiro de 1936, viajou para Nova Friburgo (RJ) por ordens médicas. Mesmo assim, ele se apresentou no cinema local e seguiu frequentando os bares. Por sugestão de amigos e familiares, foi para Barra do Piraí em busca de repouso para tentar curar a tuberculose. Na manhã de 2 de maio, voltou ao Rio com Lindaura, em estado muito grave, do qual não conseguiu se recuperar. O artista morreu em 4 de maio de 1937.
Serviço
Noel Rosa, Coisa Nossa
Data: 27 e 28/10
Horário: sexta, 21h, sábado 20h
Local: Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas
Ingressos: Setor 1, R$ 100 (inteira), no Setor 2, R$ 80 (inteira) e no Setor 3, R$ 40 (inteira)
Classificação: 12 anos
