Dengue e Febre de Chikungunya: mosquito agora representa perigo duplo - Santa Tereza Tem
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Dengue e Febre de Chikungunya: mosquito agora representa perigo duplo

Todo fim de ano, com o início da estação chuvosa, eleva-se muito o risco de contaminação por dengue. Nessa época, há acúmulos de água de chuva, que geram ambientes propícios para a reprodução do mosquito transmissor. Este ano, há ainda um agravante: além da dengue, o mosquito aedes aegypti pode transmitir uma nova doença, a Febre de Chikungunya. Saiba o que é e como se prevenir dessa doença. 

AedesAegypti_NYTTrata-se de uma doença infecciosa febril causada pelo vírus Chikungunya, que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e o Aedes albopictus. “O termo Chikungunya significa tornar-se dobrado ou contorcido, em referência à aparência curvada dos pacientes, motivada pelas fortes dores musculares e nas articulações características da doença.

De origem africana, a doença chegou ao Brasil por volta de 2013 e já possui altíssimos números de contaminação na Bahia e no Acre. O estado de Minas Gerais avalia casos suspeitos e está em alerta para uma possível epidemia da doença”, salienta Pedro Martins, morador de Santa Tereza, que representa o bairro no Conselho Municipal de Saúde – Regional Leste. 

Sintomas e prevenção 

Pedro Martins explica que os sintomas da Febre Chikungunya são parecidos com os da dengue: febre alta, dor e inchaço nas articulações, dor de cabeça, dores musculares e manchas vermelhas pelo corpo. A fase sintomática inicia com uma febre súbita acima de 38 graus e após três dias começa as fortes dores musculares. Porém, ela se distingue da dengue pelo agravamento e persistência dos sintomas. “Apesar de não oferecer grande risco de morte, a doença tem uma fase aguda de 10 dias, uma sub-aguda que dura até três meses e uma crônica que pode se estender por três anos. Isso mesmo, as dores nas articulações podem durar até três anos e tornar difícil a prática de atividades como trabalhar e estudar e, ainda, deixar sequelas para o resto da vida”, alerta o conselheiro.

O trabalho de prevenção da doença consiste no combate da proliferação do mosquito transmissor e depende do envolvimento de toda a população. É fundamental que as pessoas reforcem medidas de eliminação de criadouros das espécies, tornando rotineira a vigilância para não deixar acumular água em recipientes. “Com a chegada das chuvas, precisamos nos unir ao poder público para combater os focos deste mosquito, que está por toda a parte. Fale com seus vizinhos, em suas escolas, igrejas e em todos os lugares de sua convivência, pois não basta só fazer a sua parte, na sua casa, temos que ajudar a conscientizar a todos”, reforça Pedro Martins. 

A necessidade de alertar a população sobre os riscos da Febre de Chikungunya é tão relevante que a Associação Comunitária do Bairro Santa Tereza (ACBST) abordará este tema na próxima assembleia aberta com os moradores, no dia 24/11, às 19h, em local a definir. Na ocasião, será exibido um vídeo informativo e o conselheiro Pedro Martins vai esclarecer as dúvidas dos moradores e ressaltar a importância de assumir, individual e coletivamente, os cuidados para evitar a proliferação dos mosquitos transmissores da dengue e da Febre de Chikungunya, que circulam durante o ano todo, mas têm seu ápice de transmissão no período chuvoso, que vai de novembro a março. 

Os procedimentos de controle das duas doenças são semelhantes. Lembramos que são medidas eficientes para prevenção da dengue e da Febre de Chikungunya: 

– Verificar se a caixa d’água está bem fechada;
– Não acumular vasilhames no quintal;
– Verificar se as calhas não estão entupidas;
– Colocar areia nos pratos de plantas. 

larvas da dengue

Larvas de Aedes aegyptis. Crédito: Divulgação SES-MG

Números das doenças em Minas Gerais
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em 2013 foram confirmados aproximadamente 368 mil casos de dengue, dados que revelam o pior cenário da doença no estado, contabilizando 117 óbitos. Até agora, em 2014, são 46.125 casos confirmados de dengue e 46 óbitos. 

Em setembro de 2014, o Ministério da Saúde confirmou a circulação do vírus da Febre Chicungunya em municípios brasileiros de forma autóctone (contaminação dentro do país). O estado de Minas Gerais possui ambos os vetores transmissores da doença, em mais de 80% dos municípios mineiros. Com relação à Chikungunya, o estado tem o total de 45 casos notificados como suspeitos, dos quais 29 foram descartados, 14 estão em investigação e dois confirmados, um em Matozinhos e outro em Coronel Fabriciano (dados atualizados dia 14/11 pela SES-MG).

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