Clube da Esquina em filme - Santa Tereza Tem
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Clube da Esquina em filme

O Clube da Esquina em filme: Nada será como antes, a música do Clube da Esquina, em cartaz na cidade. O tempo passa, ganhamos cabelos brancos, mas os sonhos, esses não envelhecem.

Está em cartaz na cidade o filme “Nada Será Como Antes, a música do Clube da Esquina”, no Centro Cultural Unimed, Cine ARte Cidade e no Cine Belas Artes.  E não poderia deixar de ser exibido no o Cine Santa Tereza (dia 25 de abril, às 19h), já que o Clube da Esquina tem raízes no bairro.

Dirigido pela cineasta Ana Rieper e produzido por José Roberto Borges, filho de Márcio Borges, um dos grandes letristas do Clube da Esquina, trata-se de um filme/documentário, que focou na música e não na biografia das pessoas e traz ao público um banho de mineiridade.

O filme emociona a quem, como eu, adolescente pirei ao ouvir Para Lennon e  McCartney, Trem Azul, Amor de Índio, Manuel Audaz, Travessia, Milagre dos Peixes e mais um tanto. E a quem acompanhou o crescimento desse movimento musical, que como quem não quer nada, partiu de Santa Tereza no trem azul e ganhou o mundo.

Emocionei-me com as imagens antigas dos músicos e as atuais, eles relembrando e contando histórias. O fato de Milton Nascimento aparecer apenas em imagens de arquivo, não tira o brilho deste documentário, que prende tanto a atenção do público, não senti a hora passar. Quando percebi já havia terminado e eu queria ver mais. Com essas imagens na telona percebemos que o tempo passa para todos nós, mas os sonhos, esses não envelhecem, já escrevia o poeta.

José Roberto fala sobre o filme

Proseando com o José Roberto e sua mãe a escritora Duca Leal, no bar Mármore 450, em uma tarde quente em Santa Tereza, ele falou sobre a ideia inicial até o filme ficar finalizado.

A idealização veio devagar a partir da sua atuação na fundação da Associação dos Amigos do Clube da Esquina, nas produções dos shows e ouvindo as histórias de seu pai e do tio Lô. “Tenho profunda admiração e carinho por esses dois, meu pai e meu tio/padrinho”, comenta ele.

“Fazer o filme estava na cabeça e começou a se materializar, quando encontrei por acaso a Ana Hipper, antiga colega de colégio, que se tornou uma competente cineasta. Comentei sobre a vontade de contar em filme as histórias do Clube da Esquina. Ela abraçou a ideia e já começou a batalha para entrar nos editais”, lembra José Roberto.

José Roberto Borges com uma camiseta branca escrito Os sonhos não envelhecem
José Roberto Borges, um papo legal no Mármore 450, em Santa Tereza

A produção foi um grande desafio, segundo ele, pois teve a pandemia, depois concorrer nos editais, resolver trâmites de direitos autorais, muita pesquisa de imagens de arquivo e o envolvimento de muitos profissionais de diferentes áreas.

José Roberto ressalta que “facilitou o fato de eu ter sido criado em meio a esses artistas, que me carregaram no colo, e abriram suas casas para as gravações. Com o Beto Guedes foi engraçado. Quando cheguei com a equipe e os equipamentos, ele estava indo almoçar. Ele só me deu a chave e saiu. O Lô e meu pai, quase matei os dois, pois durante três dias fiz eles caminharem pela cidade”.

O produtor destaca ainda: “o apoio de meu pai, que sempre me deu força em tudo, e entrou de cabeça, e o trabalho incansável da Ana Rieper, cujo profissionalismo e entusiasmo foram fundamentais”.

José Roberto comenta ainda que, “esse filme não é só uma realização pessoal, mas do desejo de homenagear meu pai, Márcio, ao meu padrinho Lô e a todos do Clube da Esquina, que criaram uma obra musical atemporal”.

O ainda adolescente Lô Borges, Duca Leal esposa de Marcio Borge e que acompanhou essa turma, o Márcio e Milton

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