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Filme de cineasta de BH é premiado

Cenas do filme premiado “Tudo que você podia ser” foram gravadas em Santa Tereza

“Tudo O Que Você Podia Ser”, é o nome do novo filme do cineasta mineiro Ricardo Alves Jr. que após de ser premiado em festivais de cinema no Rio e em Cuiabá, foi exibido no 15º Hollywood Brazilian Film Festival em Los Angeles e no 31º Festival Mix Brasil em São Paulo, nos dias 15 e 16, de novembro.  

O longa-metragem, que tem no elenco Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares, é uma docuficção LGBTQIA+ com distribuição pela Vitrine, direção do Ricardo Alves Jr. e roteiro de Germano Melo. Em outubro de 2023, Tudo que você podia Ser” foi um dos vencedores da 25ª edição do Festival de Cinema do Rio. O longa venceu o prêmio de melhor direção na Competição Novos Rumos, e o Prêmio Félix Especial do Júri, que destaca obras LGBTQIA+. Também no mesmo mês, o filme venceu o prêmio de Melhor Elenco em Longa-Metragem no 21º Festival Cinemato, em Cuiabá.

Sobre o filme

No desenrolar da história, o público acompanha as últimas 24 horas da personagem Aisha em Belo Horizonte, antes de sua mudança para São Paulo. Na despedida, ela é acompanhada de suas melhores amigas: Bramma, Igui e Will. No roteiro as atrizes usam seus próprios nomes como personagens, mesclando elementos ficcionais e documentais em cena. Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares são artistas com uma trajetória construída no teatro queer de BH e foram convidadas pelo diretor para serem as protagonistas de um filme em que novos olhares e narrativas sobre as vidas de pessoas LGBTQIA+ pudessem ser retratadas nas telas.

Temas diversos da comunidade LGBTQIA+ como afeto, violência, família, HIV, vida urbana e sexualidade, são algumas das temáticas apresentadas na trama. Grande parte dos diálogos foram improvisados no set, a partir de indicações da direção e do roteirista Germano Melo. Por meio das experiências vividas por essas 4 amigas, o filme também constrói um retrato particular de Belo Horizonte, com cenas gravadas em vários bairros da capital mineira, como Aglomerado da Serra, Bonfim, Centro, Lagoinha, Nova Suíça, Santa Cruz e Santa Tereza, trazendo diferentes imagens e sensações do espaço urbano. 

Gravado em dezembro de 2021 e março de 2022, “Tudo O Que Você Podia Ser” é o trabalho mais recente do diretor, que transita na criação entre o teatro e o cinema, e que tem o ainda inédito “Parque de Diversões”, gravado quase simultaneamente ao primeiro título, em fase de finalização.

Ricardo também dirigiu os elogiados “Elon Não Acredita na Morte” (2016), “Vaga Carne” (2019) e “Quem Tem Medo?” (2022). E, segundo ele, “Tudo O Que Você Podia Ser” é muito mais do que apenas um filme, é um manifesto de cuidado, amizade e pertencimento, que surge em um contexto especial, que se sobrepõe aos desafios sociais e pessoais vividos no Brasil nos últimos anos.

O cineasta explora diversas temáticas, da sobrevivência à intolerância, e da afirmação das subjetividades em um país onde a comunidade LGBTQIA+ ainda enfrenta uma dura realidade. O trabalho é uma ode à resiliência, à capacidade de enfrentar a adversidade e florescer em um ambiente que muitas vezes é hostil.

A música “Tudo O Que Você Podia Ser”, clássico do Clube da Esquina na voz de Milton Nascimento, e que dá título ao longa, foi regravada especialmente para o filme pela cantora Coral, artista baiana radicada em BH, expoente da música popular brasileira na atualidade e uma das vozes da diversidade no Brasil. A trilha sonora é assinada pelo compositor e produtor musical Barulhista e no elenco ainda está a experiente atriz Docy Moreira, como mãe de Bramma. Com produção da EntreFilmes, o longa será distribuído em 2024 nas salas de cinema brasileiras pela Vitrine Filmes.

SOBRE RICARDO ALVES JR.

Ricardo Alves Jr é diretor de cinema e teatro e fundador da produtora Entre Filmes. Seus trabalhos se caracterizam pela hibridez de linguagens em busca de construções de atmosferas  e universos particulares. Seus filmes foram exibidos em diversos festivais internacionais (Berlinale Short, Semana da Crítica do Festival de Cannes, Locarno, Roterdã, Oberhausen, Havana).

“Elon não Acredita na Morte” é seu primeiro longa-metragem e teve estreia nacional no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Sua estreia internacional aconteceu no Macao Film Festival & Awards, na China, sucedida da estreia europeia no Festival de Rotterdam, em 2017. A estreia ibero-americana aconteceu no Festival de Cartagena, na Colômbia. O filme também foi exibido no IndieLisboa, em Portugal; no FICUNAM, no México; e no BAFICI, em Buenos Aires. Em Abril de 2017, estreou comercialmente nas salas de cinema brasileiras, distribuído pela Vitrine Filmes. Em Abril de 2019, o filme entrou no catálogo da Netflix. 

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Ricardo Alves Jr. Foto: AndrésOyuela

Em 2022 lançou o documentário “Quem tem Medo?” co-dirigido com Dellani Lima e Henrique Zanoni exibido nos festivais:  Tudo é Verdade, DocLisboa e DocMéxico.

No teatro dirigiu diversos espetáculos, entre eles “Cine Splendid”, projeto contemplado pelo fundo Iberescena, sendo apresentado no festival MIRADA, e “Eclipse Solar”, do Grupo Quartatela, apresentado no FIT-BH. Seu último trabalho no teatro é o espetáculo “Tragédia” com o grupo QuatrolosCinco, indicado ao 6º Prêmio Copasa/Sinparc de Artes Cênicas: Melhor espetáculo, texto, ator e atriz, que realizou temporada no Sesc Vila Mariana em São Paulo e foi selecionado para mostra oficial do festival de teatro de Curitiba 2023.  

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