Vanessa Guisoli Sartori Santos, uma garota alegre, 13 anos, moradora de Santa Tereza, vai galgando pouco a pouco, com paciência e muito esforço, os degraus no judô, seu esporte preferido e no qual ela começou a treinar por iniciativa de sua mãe, a Cristina Sartori.
Por ser uma criança muito agitada, Cristina Sartori, procurou uma atividade, em que a pequena, então com sete anos, pudesse se exercitar, gastar energia e melhorar a disciplina. Quem conta é a própria Vanessa: “Eu tinha muita energia e precisava por pra fora. Então minha mãe resolveu me colocar em aula de arte marcial na Academia Tatami. Eu queria karatê, mas ela escolheu o judô e foi muito bom. Passei a gostar e estou feliz no judô, ainda mais que estou sempre mudando de faixa e ganhando campeonatos”.
Entre os campeonatos conquistados por Vanessa estão o 1º lugar no Campeonato Mineiro sub-15, em agosto de 2022; o 2º lugar no Campeonato Brasileiro em outubro de 22 e agora o 1º lugar no Campeonato Pan-americano, em outubro de 22. E em dezembro, Vanessa conta orgulhosa que vai trocar de faixa, passando para a laranja.
Vanessa fala sobre a importância do esporte em sua vida. “O judô me deixou mais tranquila, pois eu era muito agitada. Na Tatami, aprendo, além da defesa pessoal, ser mais disciplinada e organizada e a gente aprende a ser gentil e respeitosa com os outros, na luta e na vida. Fiz até amizade no campeonato brasileiro com a Evelin, de Montes Claros, quando fiquei em segundo lugar e ela em primeiro. Lá somos todos amigos e é como uma segunda família”, comenta a campeã como se uma adulta fosse.
Além do judô, Vanessa é escoteira, onde segundo ela, é importante também para a vida futura, pois as crianças aprendem a trabalhar em equipe e estar prontas para uma vitória ou uma derrota nos campeonatos. “Eu curto o judô e ser escoteira. É divertido, me faz sentir alegre, a gente faz amigos e trabalha em equipe. Se um amigo fica feliz todo mundo fica também”.
Vanessa é uma adolescente curiosa e gosta de aprender coisas novas, é “piolho” de pesquisas na internet. Na Escola Estadual Barão de Macaúbas, onde estuda, adora as aulas de arte, mas diz que precisa melhorar em português, inglês e geografia. O que é uma ironia, pois sua mãe era professora de português no Colégio Tiradentes. Como diz a Carla rindo, “santo de casa não faz milagre”.
O desenho é uma das suas habilidades incentivada pela mãe, que faz questão de estimular sempre os dons da filha, dando-lhe condições de desenvolvê-los “Eu fiz aulas de desenho em quadrinhos e já pintei alguns quadros e estou sempre treinando o desenho nas horas de folga. ”
Sobre o futuro, Vanessa tem como objetivo, além de se desenvolver mais no judô, se tornar uma neurocientista. “Tenho de estudar muito pra isso. Acho o cérebro humano uma das coisas mais interessantes. Quer saber como trabalha o cérebro e porque funciona em determinada área e como reage em determinado contexto. Desta forma poderei ajudar as pessoas que têm algum problema ou doença”.
