Cerca de 150 pessoas, entre moradores, artistas, comerciantes, artesãos, ceramistas, feirantes da agroecologia e agricultura familiar, Arboriza BH, Rede Lixo Zero, estiveram presentes na reunião pública para apresentação das propostas para o novo Mercado de Santa Tereza, ontem, dia 12 de abril, no Cine Santa Tereza.
Diante de muitas dúvidas e expectativas uma coisa é certa: não vai ser apenas em um encontro que se chegará a um consenso e uma definição final tanto de conceito do que será o mercado, quanto do projeto arquitetônico. Outras reuniões serão necessárias.
Elias Tergilene, presidente do Grupo UAI/DOIMO, explicou sobre sua proposta Mercado de Origem, não só para Santa Tereza, mas em outras regiões do país, e apresentou algumas imagens ilustrativas, já que o projeto arquitetônico do que será o Mercado de Santa Tereza não foi feito ainda. Tudo depende das trocas de ideias com os moradores. Ele anotou todas as sugestões e vai apresentar em uma nova reunião, provavelmente em maio, com data a ser marcada, um novo layout.
Enquanto não se realizam as obras de reformas e recuperação do local, Elias informou que será criada uma feira para 200 expositores na parte externa do estacionamento do mercado e que será aberto, ainda sem previsão de data, no site da Uai/Doime um cadastro para inscrição dos interessados e sua seleção.
Maíra Colares, Secretária Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania da Prefeitura de BH, lembrou as lutas para a manutenção do Mercado pelo Movimento Salve Santa Tereza, Associação Comunitária (ACBST) e o Mercado Verde + Vivo. E ressaltou que as diretrizes da licitação para a PPP (Parceria Público Privada) foram baseadas nas propostas apresentadas por eles “Foi um longo processo desde então até chegarmos hoje nessa reunião. Então é importante que as pessoas tenham esse espaço para manifestar suas expectativas”, comentou.
A secretária explicou ainda que o contrato entre a empresa permissionária e a prefeitura prevê além de uma gestão compartilhada entre a empresa, a prefeitura e comunidade em um Comitê gestor, além de garantir o uso do espaço pelo próprio bairro. E que o cumprimento por parte da empresa de todas as diretrizes determinadas pela licitação terá a fiscalização da prefeitura.
Brígida Alvim, representando o Movimento Salve Santa Tereza, fez um resumo do histórico de toda luta pela manutenção do Mercado com função de mercado, desde o seu fechamento pela prefeitura, passando pela proposta de ocupação pela Guarda Municipal, entrega pela prefeitura para a Federação das Indústrias de MG e a insistência junto à prefeitura para que o local fosse cedido para implantação do projeto Mercado Verde + Vivo. Hernani Mendes, presidente da Associação Comunitária do Bairro Santa Tereza, entre outras sugestões, ressaltou a importância de na geração de empregos, que obviamente acontecerá, priorizar trabalhadores do bairro.
No vídeo abaixo você poderá acompanhar toda essa história.
