Delícias de Santê: Da Venezuela para Santa Tereza - Santa Tereza Tem
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Delícias de Santê: Da Venezuela para Santa Tereza

Casal de venezuelanos produz as delícias de seu país em Santa Tereza

Conta a história que Santa Tereza foi formada por italianos, espanhóis e portugueses chegados no início do século XX.  Desde então, o bairro tem recebido de braços abertos imigrantes e migrantes de diferentes regiões.   E não poderia ser diferente com o jovem casal venezuelano Yenither Olivar e Reinaldo Nieves e o filho Doriam, vindos da cidade de Maracay.

O casal, além de capoeirista, e no caso do Reinaldo, professor em um projeto de aulas gratuitas de capoeira para crianças da Vila Dias, os dois são cozinheiros de mão cheia e reproduzem aqui, para nosso deleite, as delícias da cozinha de seu país natal.

Vinda para o Brasil

 Reinaldo chegou ao Brasil em 2016, a convite do mestre de capoeira, Raimundo Ferreira de Sousa, o Mestre Ray, do Grupo Internacional Oficina da Capoeira com sede no bairro Floresta, do qual ele faz parte. “Esta é minha família da capoeira, que me mandou de surpresa a passagem para o Brasil”, comenta ele.

 Reinaldo por conta da capoeira já havia vindo ao Brasil várias vezes e se apaixonou pelo país. “Com o convite e a difícil situação econômica na Venezuela, não tinha como recusar. O jeito foi fazer as malas”, comenta ele rindo.

Mas ele veio sozinho e foram dois anos e 8 meses de muito trabalho e de saudade.  Para trazer a esposa e o filho, que veio em 2019, Reinaldo ralou muito como pedreiro, motorista de Uber e o que aparecia de trabalho.

A família reunida foi morar no bairro Califórnia, onde Yenither prosseguiu com seu trabalho que fazia em seu país para sobreviver, os doces com a marca Doriam Cacao Venezuela. Aí, o marido Reinaldo, entrou na história e começou a fazer pratos salgados, típicos venezuelanos para atender em princípio à comunidade de venezuelanos, mas que ganhou o gosto dos belo-horizontinos.

As delícias produzidas

Entre os produtos venezuelanos da Doriam Cacaco Venezuela estão as empanadas (de carne e de queijo), doces derivados do cacau, o suco delicioso papelon com limon, feito de rapadura com limão e sem conservantes, biscoito de mandioca Casab (um tipo de pão crocante), tequenõs (enrolado de massa de moçarela), molho guasaca, panque (bolo), o bolo 3 leites, pão de presunto (tradicional produto natalino do país).

Já o doce tem também lugar para brownies recheados, cookies, bolos com nutella, biscoito com doce de leite.

Como eles necessitam da farinha de milho pré-cozida, matéria prima principal da culinária Venezuela, começaram a comprar maior quantidade e se tornaram representantes do produto em Minas Gerais.

Para experimentar essas delícias é só pedir pelo Ifood, Rappi, Uberite ou pelo whatsapp 98266-5427

De Maracay para Santa Tereza

 Eles moraram por um tempo no bairro Califórnia e mudaram recentemente para Santa Tereza. Mal chegaram e já estão apaixonados pelo bairro. “Estamos felizes com a vizinhança e o apoio que temos recebido. Os vizinhos cuidam da gente mesmo sem nos conhecer direito”, fala Yenither.

Com a mudança, Reinaldo comenta satisfeito que cresceu a venda dos produtos por meio de aplicativos e por encomenda. “Mudou também a diversidade dos clientes, as pessoas daqui, são curiosas e gostam de experimentar novos sabores. O retorno aqui está melhor do que no Califórnia.

A Praça de Santa Tereza o lugar preferido no bairro

Este é um lugar abençoado, prossegue Yenither, “é tranquilo, as pessoas são respeitosas, gentis e são abertas a ajudar, quando a gente precisa. A gentileza aparece até onde não se espera”.  Reinado conta em um português bem fluente, que “fui fazer uma compra lá perto do supermercado e dois jovens se ofereceram para ajudar a carrega-la. Fiquei encantado. Muito bom a tradição de ajudar o outro”.

Doriam, um garoto alegre e educado, diz que “Não sei explicar porque, mas gosto demais de Santa Tereza.  E brincar na Praça é o melhor, porque tem brinquedos e outras crianças, mesmo com o cachorro que tem lá e corre atrás da gente”.  E na praça, segundo Reinaldo, a gente se diverte junto, faz amizade com outros pais e facilita nossa integração com a comunidade.

Um caso de capoeira

“Nossa história começa com a Capoeira e hoje uma das coisas que nos une como família é ser Capoeiristas.
Graças à capoeira eu conheci o Reinaldo @reinaldonieves.puma em 2011, que começou como meu professor na Venezuela.Pela capoeira hoje podemos estar aqui. Graças à ajuda do nosso Mestre @mestre_raybh , Reinaldo conseguiu sair da Venezuela, ter um lugar onde morar e também muito apoio”.

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