A atriz mineira Teuda Bara, uma das fundadoras do Grupo Galpão, será homenageada pelo projeto “Janelas Urbanas”, do Circuito Municipal de Cultura, em uma ação que conta com o apoio do Movimento Gentileza.
Foi recriado o mural produzido em homenagem à artista, em 2017, pelo coletivo de artistas mulheres Minas de Minas Crew, na Rua Guaicurus, no Centro de Belo Horizonte, e apagado dois anos depois por decisão do proprietário do local.
Como forma de acolher afetivamente o trabalho das grafiteiras e reforçar a importância de celebrar Teuda, a nova pintura está sendo feita na área externa do Centro de Referência da Juventude (CRJ), na Zona Cultural Praça da Estação.
O Circuito Municipal de Cultura é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e da Fundação Municipal de Cultura (FMC), em parceria com o Centro de Intercâmbio e Referência Cultural (CIRC).
A obra intitulada “Nós Podemos Tudo”, será lançado virtualmente no Dia Internacional da Mulher (8 de março), abrindo as celebrações da Semana da Mulher no Circuito Municipal de Cultura, cuja programação terá diversas atrações on-line e gratuitas até 12 de março.
Um vídeo será publicado às 20h, no YouTube da Fundação Municipal de Cultura e no Facebook do Circuito, mostrando a pintura da obra pelo coletivo Minas de Minas Crew, que é formado pelas grafiteiras mineiras Krol, Nica, Viber e Musa.
Teuda Barra, 80 anos, nasceu em Belo Horizonte, e pela uma extensa lista de personagens que já interpretou tornou-se um ícone do teatro brasileiro. Dona de uma risada inconfundível, sua carreira artística é marcada pelo humor debochado, pela habilidade em jogar com atributos pessoais, como a presença corpulenta e exuberante, a eloquência e a gargalhada solta.
Teuda Bara se tornou figura fundamental do teatro mineiro e nacional, quando, junto com outros artistas (com Fernando Linares, Antonio Edson, Eduardo Moreira e Wanda Fernandes), em 1982, fundou o Grupo Galpão, restaurando e preservando a arte do teatro de rua.
Além de atuar na maior parte dos espetáculos do grupo, a atriz participou do espetáculo “K.À.”, do Cirque Du Soleil, dirigido por Robert Lepage, e atuou em filmes como “Menino Maluquinho”, de Helvécio Ratton, “Vinho de Rosas”, de Elza Cataldo, “O Contador de Estórias”, de Luiz Villaça e “O Palhaço”, de Selton Mello. Na televisão participou da novela “Meu Pedacinho de Chão”, de Luiz Fernando Carvalho.
Sua Estreia no teatro foi como assistente do diretor Eid Ribeiro (1943) em Fala Baixo Senão Eu Grito (1973), e funda o grupo Fulias Banana, com o ator Adyr Assumpção, que lhe atribui o nome artístico inspirado na atriz americana Theda Bara (1885-1955).
Teuda atua na maior parte dos espetáculos realizados pelo grupo, desenvolvendo um teatro de raízes populares e dramaturgia clássica, estrangeira e brasileira, para rua e palco, com elementos de commedia dell’arte, circo e música.
Esta é uma homenagem mais que justa para uma atriz mineira que levou o teatro mineiro para o mundo e para o Brasil afora.
Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural.
