A data 21 de setembro, Dia da Paz e Dia da Árvore, Dia 21 de setembro, mais do que para comemorar, deve ser para refletir sobre o papel de cada um de nós nesta nave mãe chamada Terra. Vivemos tempos de discórdia, preconceitos, violência, intolerância, não só entre a humanidade, mas também em relação à natureza.
A Terra, nunca foi tão maltratada, como atualmente com as queimadas, a mineração predatória, o desmatamento, as áreas verdes dando lugar à condomínios, a poluição dos rios e mares. Apesar da atuação de alguns voluntários abnegados e guerreiros, nunca foi tão ativa a destruição das matas, da flora e da fauna pelo homem e pelos grandes grupos empresariais e sob o beneplácito dos dirigentes governamentais.
As disputas ideológicas, religiosas, a ganância pelo dinheiro e pelo poder, o egoísmo e a ausência de compaixão pelo próximo causam conflitos irreparáveis, não só no Brasil, mas em diversas partes do mundo.
Isso é mostrado diariamente pelos meios de comunicação ao vivo e quantas vezes você já almoçou na frente da TV vendo guerras, mortes? E por se tornarem tão cotidianos, passam a ser vistos como uma normalidade, que nem causam mais indignação. Mas isso não é normal. “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”, frase atribuída ao ativista estadunidense Martin Luther King, resume muito bem isto.
Portanto, hoje é uma data para a reflexão sobre o papel de cada um de nós na contribuição para a defesa da natureza e da paz mundial. Não é preciso grandes feitos, mas coisas que parecem pequenas como o ato de plantar uma árvore eu sua porta e dela cuidar; cuidar do lixo de sua casa, se possível reciclando, não jogar lixo nas ruas, evitar o desperdício de água, energia, não maltratar os animais.
Ser tolerante no trânsito, com o vizinho, ser compassivo como o morador de rua e com os mais carentes; em tempos de pandemia observar os protocolos sanitários (usar máscara, não se aglomerar), respeitar a religião do próximo, respeitar as diferenças e os diferentes.
Essas atitudes parecem simples, mas é daí que pode começar a mudança para um mundo melhor. Um mundo mais harmônico para deixar para as gerações que estão por vir.
A poesia de Ronaldo Bastos e Beto Guedes na canção O Sal da Terra (1981) é mais do que atual e um bom começo para reflexão.
Anda, quero te dizer nenhum segredo
Falo desse chão da nossa casa
Vem que tá na hora de arrumar
Tempo, quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo
Pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver
A paz na terra amor
O sal na terra
A paz na terra amor
O sal da
Terra, és o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta, leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã
Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Para melhor construir a vida nova
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois
Deixa fluir o amor
Deixa crescer o amor
Deixa fluir o amor
O sal da terra
