Novas árvores na Praça Cel. José Persilva - Santa Tereza Tem
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Novas árvores na Praça Cel. José Persilva

Santa Tereza e BH agradecem à essa iniciativa de um morador do bairro

Há aquelas pessoas que reclamam e nada fazem e há aquelas que não reclama, fazem. É isto que o Luciano Goulart, 21 anos, aluno da UFMG e morador aqui de Santa Tereza está pondo em prática.

Preocupado com a arborização não só do bairro, mas da cidade, com apoio da prefeitura e dos voluntários Izabela Melo e André Silva, ele está começando uma ação de rearborização, o espaço, que dará sombra fresca pra todo mundo. A ideia é baseada na de um arquiteto e paisagista de São Paulo, Ricardo Cardim, que desenvolveu a técnica das Florestas de Bolso. Também o Nik Savey, que possui um projeto muito bacana de bosques de chuva na capital paulista. Pensei em trazer essa ideia pra BH e criei o Mata Urbana (@mata_urbana) ”.

Praça Cel. José Persilva

Ele começou por Santa Tereza, a Praça Coronel José Persilva, a primeira ação das várias que planeja para a cidade, com espécies nativas do Cerrado e Mata Atlântica.

Luciano enumera que na praça foram plantados um jequitibá, uma palmeira jerivá, um abacateiro, uma pitangueira e uma embaúba. Ele explica que “a única de grande porte é o Jequitibá, que foi alocado em um local com espaço para crescimento das raízes. A escolha das espécies é importante para associar a arborização urbana com a preservação da biodiversidade, o que inclui a atração da avifauna e o uso de espécies nativas. Além disso, um local com sombra e eventualmente flores e frutos atrai também pedestres”.

A escolha das espécies ele comenta que “por se tratar de uma praça, as possibilidades são maiores, uma vez que o espaço não é tão sufocante quanto nas calçadas. Por isto, então, escolhemos árvores não tão comuns na arborização, mas ainda assim adaptáveis ao contexto urbano”.

Arborizar para melhorar

Luciano observa que Santa Tereza sofreu muito nos últimos três anos com a poda e supressão de árvores pela prefeitura. Embora algumas situações sejam justificáveis, não faz sentido cortar e não replantar. Isso desvaloriza tanto os imóveis individualmente, quanto o bairro como um todo, posto que é uma região bem próxima ao centro, delimitada por três artérias (as avenidas do Contorno, Andradas e Silviano Brandão) e muito procurada por pessoas de todas as partes da cidade devido à tranquilidade e boemia. Com cada vez menos árvores e sombra e cada vez mais quente e desagradável, a imagem de Santa Tereza deixa de ser de uma zona de tranquilidade e passa a ser só mais uma zona de passagem na cidade”.

Segundo ele, “em consequência, o bairro perde sua força no comércio, nos bares e no lazer. Sem esses elementos, os ‘olhos da rua’ se voltam para dentro da casa de cada um e a criminalidade ganha força, como bem disse a urbanista Jane Jacobs nos anos 50. Por isso é tão importante a presença das árvores na cidade: não só por razões estéticas e ambientais, mas também econômicas e de segurança”.

O bairro e a cidade agradecem.

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