Um passeio pelas ruas de Santa Tereza - Santa Tereza Tem
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Um passeio pelas ruas de Santa Tereza

Nome de ruas é uma coisa interessante.  Algumas vezes não faz o menor sentido, outras é para homenagear quem já morreu, e não está aqui pra ver a homenagem. Algumas denominações são originais, outras, já nem tanto e muitas das vezes é só para vereador mostrar que fez algo.

E os nomes das ruas de Santa Tereza? Intriga-me as ruas terem nomes de minerais, o que não tem nada a ver com a região, e as que carregam o nome de cidades. Nomes de capitão e coronel até entendo, pois, o bairro sempre teve, desde o início, essa ligação com a Polícia Militar.

Santa Tereza e suas ruas
Imagem do Google Map

Pensando nisso, o Santa Tereza Tem irá fazer uma série sobre as nossas ruas, tendo como base o livro do historiador de Santa Tereza, Luis Góes, “Os caminhos do bairro Santa Tereza”, a quem peço licença. E se você tiver alguma história, casos ou fotos antigas sobre elas, mande para a gente.

Começaremos pela ordem alfabética, publicando de três em três, pelas vias cujas denominações começam por A. Então nesta matéria falamos da Adamina, Almandina e Alvinópolis.

Adamina

A via começa na Praça Duque de Caxias, próximo à Salinas e termina na Rua Eurita. Portanto, possui apenas dois quarteirões, sendo que um tem o calçamento de pé de moleque e outro, ao lado da Praça, asfaltado. É nela que fica o Bolão, palco de muitas histórias do bairro e uma das casas mais antigas. Segundo o livro do Góes, a denominação tem como lei de origem a planta da cidade de 1895.

No processo de tombamento a Rua Adamina conta com dois imóveis os nº 146 e 316/322.

Adamina é uma palavra de origem hebraica que significa “vinda da terra vermelha”. Trata-se de um mineral, composto por arseniato natural de zinco hidratado e apresenta-se em cristais pequenos, com muitas faces, reunidos em drusas e também em agregados de pequenos grãos. Transparente, de brilho vítreo intenso, branco de diversas colorações.

Almandina

A rua começa na Avenida do Contorno 2186 e termina na Rua Cristal, 147. O nome vem desde a planta da cidade em 1895. Almandina é um mineral do grupo das granadas e considerada uma pedra semipreciosa e muito usada para confecção de joias e objetos de decoração. Na esquina de Rua Cristal fica o ateliê do famoso ceramista Máximo Soalheiro.

No processo de tombamento a Rua Almandina conta com os imóveis de nº 159 e 183.

A palavra almandina vem de Alabanda, uma cidade de Caria, na Ásia Menor, onde existia esse mineral, composto por alumínio e ferro. E conhecida também como a pedra da alegria e vitalidade.

Alvinópolis

A rua recebeu este nome em 1924, com a criação da planta do bairro.  Começa na Rua Perite,37 e finda na esquina da Rua Conselheiro Rocha, 2677, no final dela, no número 460, fica o Bar do Orlando, um dos bares mais antigos de Belo Horizonte, cujo imóvel é tombado pela Diretoria de Patrimônio Histórico. Além do bar estão indicados no processo de tombamento os imóveis 044 e 387. É uma das ruas que têm uma arborização legal e passeios mais bem cuidados.

O nome é referência à cidade de Alvinópolis, que fica na região Metalúrgica e Campos da Vertente em Minas Gerais. O topônimo Alvinópolis foi criado em homenagem a José Cesário Alvim que assinou o decreto de emancipação da cidade em 1892. Fica a 162 quilômetros de Belo Horizonte. Faz parte do roteiro da Estrada Real e conhecia por “Cidade das Chitas” , por ter uma antiga fábrica textil, a Mascarenhas.

Ponto turístico da cidade de Alvinópolis

Continua amanhã

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