Alalaor, A Santê e Coco da Gente fecham o Carnaval em Santê - Santa Tereza Tem
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Alalaor, A Santê e Coco da Gente fecham o Carnaval em Santê

Estes três blocos são originários de Santa Tereza. Todos eles, apesar de formados por moradores do bairro, amigos e familiares, atraíram também pessoas de outras regiões, integrando a bateria e também como foliões. Eles foram o foco do Carnaval em Santa Tereza na segunda e terça-feira de Carnaval em Santê

Bloco Alalaor

A tarde de segunda-feira foi animada pelo Alalaor, que além da bateria “Alegria”, criada este ano, trouxe um trio elétrico com os cantores Jonathan Eller, Hugo Mukambira, Ivone Loes e Patrícia Lins e a Banda do Alá com Daniela Guerreiro e Beto Gaunt. Em torno de umas duas mil pessoas seguiram o bloco ao som de baseado em sambas, marchinhas e Aché Retrô.

 O bloco foi criado pelos filhos do dentista Alalaor, que clinicava em Santa Tereza, para homenageá-lo, em 2016, quando ele estava com 90 anos.  Saindo pela terceira vez no Carnaval do bairro, atraiu não só os moradores, mas também turistas de outras cidades, especialmente aqueles que procuravam uma folia mais tranquila, sem muita “muvuca” e mais familiar.  Tanto que havia muitas crianças, adolescentes e o pessoal mais idoso do bairro, que caíram na folia.

Um minuto de silencia pelas vítimas da lama da Vale em Brumadinho, deu o tom de protesto contra a devastação promovida pela mineração irresponsável em Minas Gerais.

O bloco também contou com a rainha da bateria, Juliana Ferreira, a musa e porta-bandeira, Caren Dark e a princesa, Tâmara, que foram eleitas durante um ensaio da bateria no Bar do Museu Clube da Esquina.

Segundo, Júlio César da Silva, um dos organizadores, “a ideia do bloco é integrar os moradores do bairro e resgatar a tradição do carnaval familiar, junto aos amigos e à comunidade e especialmente facilitar a inclusão da a terceira idade ao carnaval de rua, porque nunca é tarde pra ser feliz”.

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A Santê

A Santê foi formado em Santa Tereza a partir do Bloco Caricato Os Inocentes, em 2010, com o propósito de resgatar o carnaval de rua do bairro, que estava esquecido.

Formado, em grande parte, por moradores, desde crianças, passando pelos jovens e os idosos, tem como marca registrada a bateria integrada por adolescentes, que fazem parte de um projeto social do bloco, uma oficina de percussão.

Carnaval em Santa Tereza com A Santê

“A fantasia, cada um veste o que quer, e todo folião é bem vindo. O Santé é o povo que chega na hora, sem preocupação, a não ser a de se divertir“, fala Ângelo Pantyola, um dos responsáveis pelo bloco.

Este ano o bloco, além da bateria, saiu pela Rua Mármore com um trio elétrico e banda, animando ainda mais os foliões.

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Coco da gente

Quem não é o maior tem de mostrar o melhor de sim. Assim sem trio elétrico, mas com o colorido de suas roupas e a energia da bateria e do naipe de flautas, Coco da Gente arrasou e mostrou o Carnaval em sua essência em Santa Tereza: a resistência da cultura popular.

 Por falta de patrocínio, como informou o organizador do Bloco, Pedro Campolina, o Coco da Gente este ano não saiu com trio elétrico e voltou a sua forma original com o som em uma caminhonete, fato que não diminuiu o brilho do cortejo. Seus componentes deram um show de cultura popular e alegria contagiante ao desfile, que pelo segundo ano consecutivo foi na Vila Dias, em Santa Tereza.

As saias e camisas floridas de cores fortes trouxeram o colorido e o som dos tambores e flautas encheram de alegria a Rua Conselheiro Rocha com canções populares, especialmente sambas e as das brincadeiras de roda típicas do nordeste brasileiro.

 Muitas crianças com as mães, pais, vós e vôs participaram da folia, dando um show à parte, cantando e dançando. O cortejo na Vila Dias, que busca valoriza o local e integrar os moradores à comunidade, também serviu para que eles fizessem um  dinheirinho extra com a venda de bebidas, tira-gosto e sanduiches.

Durante o desfile foi feito um momento de silêncio pelas vítimas de Brumadinho. Homenagens a Marielle Franco e Mestre Moa (ela vereadora do Rio, assassinada em 2018 e Moa, mestre de capoeira, morto na Bahia) e a canção “Não minera, não”, deram o tom do protesto do bloco, cujos seguidores também entoaram o hit nacional deste carnaval em todo país contra o presidente Bolsonaro.

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