Prefeito fala sobre o Mercado
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Prefeito fala sobre o Mercado

Prefeito fala sobre o Mercado Distrital de Santa Tereza em entrevista ao Santa Tereza Tem. Ele ressalta a importância cultural e histórica do bairro para a cidade, a constituição da comissão paritária para apontar as diretrizes do projeto e a capacidade de mobilização dos moradores e seu sentido de pertencimento ao lugar.

Eliza Peixoto

marcio lacerda

STT – O que motivou a recente decisão do senhor, de colocar o Mercado Distrital de Santa Tereza sob a responsabilidade da Fundação Municipal de Cultura, inclusive, com a sua transferência física para a antiga escola Pedro Américo ao lado Mercado?

ML: Motivado pela potencialidade do Mercado e pela efervescência cultural do bairro, que tem uma vocação cultural antiga e arraigada na vida das pessoas.  Recentemente a Fundação Municipal de Cultura manifestou seu interesse em propor a realização de atividades artístico culturais no local. A proposição dessa ocupação veio acompanhada pelo apontamento de caminhos para a manutenção da vitalidade do espaço, conjugada com ações que garantiriam sua sustentabilidade, viabilizando, desse modo, o Mercado como um espaço para acolhimento de atividades e grupos que movimentam a cena artístico- cultural da cidade e em especial, de Santa Tereza. 

STT :Qual o papel teriam os moradores do bairro e suas entidades representativas, como a Associação de Moradores no funcionamento e destinação de espaços no Mercado, após a transferência da Fundação? – Seria um papel de conveniadas, de parceiras, ou algum outro?

ML:Em um primeiro momento, consideramos oportuna a constituição de uma comissão, com representação do Poder Público, da Associação de Moradores e do Movimento Negro, que também já manifestou seu interesse em participar deste processo. A partir daí, a forma e os mecanismos de gestão do espaço seriam construídos tendo em vista os apontamentos dessa comissão, não se perdendo de vista a necessidade de garantir a sustentabilidade da sua manutenção pelo viés da ocupação cultural do lugar. Entende-se que o momento é de construção e caberá à comissão a ser constituída delinear as diretrizes gerais da proposta, incluso a definição do papel de cada um dos agentes no processo; a Associação de Moradores e o Movimento Negro figuram como parceiros fundamentais deste processo de construção.

STT:Entidades como o SESC/SENAC e congêneres poderiam desenvolver ações culturais e/ou gastronômicas no Mercado Distrital. Qual a posição do senhor a esse respeito?

ML: Acredito que uma diretriz primeira a ser considerada é a ocupação do local com atividades de natureza artístico-cultural. Seguindo essa premissa básica e considerando as diretrizes a serem construídas conjuntamente pela Comissão a ser criada, não vejo óbices à realização de ações culturais propostas pelos diferentes agentes. Importante destacar que, sob a ótica administrativa, a coordenação do espaço ficará a cargo da Fundação Municipal de Cultura, que dentre suas atribuições possui o papel de fomentar a realização de atividades culturais na cidade.

STT:O senhor gostaria de enviar uma mensagem aos moradores do bairro Santa Tereza, por meio do nosso portal? – Sinta-se inteiramente à vontade

ML: Santa Tereza é um bairro ímpar na sua capacidade de mobilização e seu sentido de pertencimento ao lugar. Ímpar na proteção do seu patrimônio histórico. A proteção do bairro se deu a partir disso. A nós chegaram quase quatro mil assinaturas pedindo o tombamento. Esse fato é inusitado no cenário da proteção do patrimônio cultural e mostra uma comunidade madura e conhecedora de sua vocação. Cabe a nós do poder público contribuir para esse crescimento e potencializar. Daí a decisão de que o mercado seja um espaço comunitário de cultura que deve irradiar para toda a cidade. Por fim, quero dar os parabéns a Santa Tereza, que participando ativamente das questões da cidade, tem contribuído para um olhar estendido de toda BH para a cultura, a gastronomia, as tradições e a memória da cidade, a quem temos o dever de preservar.

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