Elas tocam e bordam - Santa Tereza Tem
Logo

Elas tocam e bordam

O que acontece quando uma musicista e três dentistas se juntam? Dá samba! Há três anos o grupo Toca e Borda, formado Pathy Valente (Voz e violão), Tetê Zuccheratte (cuíca e xique-xique), Audrey Ziviani (surdo e tamborim) e Virna Ziviani (pandeiro), vem atendendo à risca o desejo dos amantes da combinação: boteco e samba.

No próximo sábado, a partir das 16h30, será a vez dos clientes da Choperia Santa Tereza, localizada à Rua Mármore, curtir sambas de raiz, além de canções repaginadas para o pandeiro e companhia.

A história do grupo não poderia ter começado em ambiente mais propício: na mesa de um bar.  Foi lá que Pathy, que tocava em uma banda com seu irmão, confessou um sonho: queria, na verdade, formar um grupo de samba só de mulheres. Até aí tudo bem.  Entretanto, participavam da conversa as amigas Tetê, Audrey e Virna, que havia praticamente acabado de conhecê-la. O desabafo de Pathy tinha tudo para se tornar um típico papo de boteco, tinha… As três compraram a ideia e mesmo sem saberem nada de pandeiro, cuíca e chique-chique começaram a por em prática o sonho de Pathy. “No início foi muito complicado.

toca e borda 1-350x263

A Pathy sofreu com a gente”, brinca Tetê. Depois de ensaios exaustivos e, porque não, divertidíssimos, as quatro entraram literalmente no ritmo e passaram a falar uma só língua, a do samba. “O pessoal começou a chamar a gente para tocar e quando vimos estávamos no palco tocando para mais de 100 pessoas”, conta Tetê. “Era uma delícia de brincadeira, que ficou séria”, afirma Audrey, que, a exemplo da irmã Virna e de Tetê, tem que se virar para conciliar os horários dos pacientes com os compromissos de trabalho. “Alguns pacientes nem acreditam que a gente toca, já que no trabalho somos mais sérias”, diz Tetê. O fato de serem dentistas até já rendeu uma história curiosa. “Teve um dia que um paciente ligou no número de contato da banda para avisar que o dente dele estava doendo”, revela Audrey.

E o repertório? Preciosidades como Clara Nunes, Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Beth Carvalho e por aí vai. “São sempre músicas conhecidas. Aquelas letras que todos sabem cantar”, conta Pathy, que antes de abraçar o samba, tocava rock.

 Atualmente, é até complicado encontrar espaços na agenda. O sucesso da banda já ultrapassou os limites de Santa Tereza, bairro que foi o ponto de partida do grupo. Apesar dos apelos dos fãs, elas afirmam que não pensam em lançar CD. “Nosso propósito é levar a alegria”. O público agradece.

Fotos: Rafael Campos

Anúncios