SESC Chorinho e Samba na Praça Duque de Caxias é uma forma de festejar o Dia Nacional do Choro, que é comemorado em 23 de abril. Entre as atrações estão músicos e grupos de destaque, reconhecidos por valorizar a tradição do choro e ao mesmo tempo apresentarem novos arranjos para clássicos.
A apresentação será feita pelo jornalista e pesquisador, Carlos Felipe Horta, um dos grandes divulgadores e conhecedores sobre música brasileira em Minas Gerais. Carlos Felipe possui uma coleção de mais de oito mil vinis, incluindo antigas gravações dos grandes mestre do choro. Entusiasmado ele diz que “é um prazer imenso apresentar estes grandes músicos no SESC Chorinho e Samba na Praça de Santa Tereza. Não só pelo que significa o evento, mas por ser em Santa Tereza, bairro que prezo muito. E estão todos convidados. É imperdível.”
São eles: Conjunto Época de Ouro, Quatro a Zero, Flor de Abacate, Aurélie & Verioca, Hamilton de Holanda e Toninho Ferragutti. Conheça um pouco sobre cada um deles.
O carioca, criado em Brasília, começa a tocar aos 5 anos. Nos EUA a imprensa o chama de “Jimmy Hendrix do bandolim” por sua maneira de tocar, o aumento do número de cordas e decibéis, aliados à velocidade de solos e improvisos, inspira uma nova geração e um novo som.
Em sua trajetória consta o prêmio de melhor instrumentista por unanimidade, na única edição e nas duas categorias – erudito e popular, do Icatu Hartford de Artes 2000. Em janeiro de 2005 no Midem, fez o show de lançamento oficial das comemorações do ano do Brasil na França. Foi 03 vezes indicado para o Latin Grammy em 2007/2008/2010. O Hamilton de Holanda Quinteto também foi consagrado pelo prêmio TIM, Premio da música Brasileira e Revista Jazz+ como o melhor grupo e Hamilton de Holanda o melhor performer.
Toninho Ferragutti, possui 9 CDs autorais e uma extensa participação em shows e em CDs de artistas importantes no Brasil e no exterior, além de duas indicações ao Latin Grammy.
Desde criança, nascido em uma família musical, escolheu o acordeon. Além da formação acadêmica no Conservatório Gomes Cardin, em Campinas, acrescentada de aulas particulares de acordeon com Dante D’Alonzo, e de harmonia com Claudio Leal Ferreira, complementou os estudos nas rodas de choro, grupos de baile, grupos de música gaúcha e gafieiras.
Atua como solista em orquestras, como Orquestra de Maria Schneider (USA), Jazz Sinfônica de SP, Orquestra Petrobrás Pró-musica, Orquestra de Câmera da Universidade da Paraíba, Orquestra Sinfônica do Recife, Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasilia e Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). Em sua trajetória tem feito apresentações pelo país e no exterior como Holanda, Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Bolívia, entre outros.
O Grupo Flor de Abacate, desenvolve desde 1989, um trabalho de pesquisa, estudo e divulgação da música instrumental brasileira, com destaque para o choro. O grupo é formado pelos músicos Sílvio Carlos (violão de 7 cordas e diretor musical),Rubim do Bandolim, Marcos Flávio (trombone), Dudu Braga (cavaquinho) e Ramon Braga(pandeiro).
Destaca-se pela interpretação e arranjos de composições próprias e de autores como Pixinguinha, Hermeto Pascoal, Anacleto de Medeiros, Radamés Gnattali, Astor Piazzolla, Villa-Lobos, Tom Jobim, Edu Lobo e Ernesto Nazareth.
Durante as 5 décadas comemoradas este ano, o Conjunto, juntamente com Jacob do Bandolim de cuja discografia não há como desvincular, gravou mais de 40 discos, entre eles os premiados “Vibrações” e “Época de Ouro interpreta Pixinguinha e Benedito Lacerda”, considerados Melhor Disco Instrumental do Ano de 1967 e 1977 respectivamente.
Representou a música brasileira na Feira do Livro de Frankfurt, Alemanha, e participou da das gravações de CDs de Marisa Monte, Elba Ramalho, Ivan Lins e Paulinho da Viola. O CD do grupo Café Brasil vendeu mais de 100 mil cópias, sendo 25 mil delas só no Japão.
Atualmente, o Conjunto Época de Ouro tem um programa semanal, transmitido ao vivo pela Rádio Nacional Rio e pelo portal na internet [www.ebc.com.br].
Integrado por Daniel Muller (piano acústico e elétrico), Danilo Penteado (baixo elétrico e cavaco), Eduardo Lobo (guitarra elétrica) e Lucas da Rosa (bateria e percussão), o Quatro a Zero faz música instrumental, em especial o choro.
Criado em 2001, o grupo conquistou, em 2004, o 2º lugar no 7º Prêmio Visa de Música Brasileira e lançou no ano seguinte seu primeiro CD, o elogiado “Choro Elétrico”. Participou ainda de projetos culturais importantes como o Pixinguinha, excursionando pela região norte do país, o Circuito Instrumental Universitário, apresentando-se por todo o Brasil ao lado do grande bandolinista Joel Nascimento, e mais recentemente o projeto Relendo o Choro, do Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro.
As francesas “Aurélie & Verioca”, apaixonadas pela sonoridade universal da música brasileira, vão do samba, bossa nova, choro e ao baião. Aurélie (voz e pandeiro) escreve as letras, Verioca (violão, voz e cavaquinho) compõe as músicas, cantando e tocando com um ritmo especial.
Em português, em francês ou mesmo em onomatopéias, elas mostram com humor e virtuosidade a vitalidade dessa música além das fronteiras. s artistas apresentam um repertório com obras autorais e arranjos novos para clássicos do cancioneiro brasileiro.
O choro
Apesar de ter surgido no Rio de Janeiro, o choro é uma vertente da música que criou raízes em Minas Gerais, muito em função da tradição seresteira do estado. Os músicos vão relembrar a trajetória do gênero com apresentações de vários números.
O Dia Nacional do Choro, comemorado em 23 de abril, homenageia a data de nascimento de Pixinguinha, um dos nomes mais expressivos da música popular brasileira. O termo ‘choro’ resultou da mistura de acordes que induziam a uma sensação de melancolia. O século 20 trouxe uma grande leva de chorões, como são conhecidos os compositores, instrumentistas e arranjadores desse estilo. Entre os nomes de destaque estão, além de Pixinguinha, Anacleto de Medeiros, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth e Callado.
SESC Chorinho e Samba na Praça
Data e horário: 25 de abril, sábado, 19h30
Local: Praça Duque de Caxias
Gratuito
