A reunião do COMPUR (Conselho de Política Urbana) foi, novamente, infrutífera para quem queria saber que rumo vai tomar o Mercado Distrital de Santa Tereza. As conselheiras Cláudia Pires e Karine Gonçalves pediram vistas, demandando ter acessos às informações que entraram na criação do relatório. O debate foi abruptamente terminado – quando as conselheiras tentaram debater o assunto, o presidente do Conselho afirmou que ao pedirem vistas, o debate tinha acabado e o próximo tópico seria chamado.

O ponto de maior tensão é que o relatório afirma haver adesão maciça da população em relação à instalação de escola técnica automotiva do sistema Senai no local do Mercado. De acordo com as conselheiras, não há comprovação dessa adesão que, se aconteceu, foi há anos atrás.

A proposta do Senai vai de encontro com a regulamentação da Área de Diretrizes Especiais (ADE), que regulamenta o tipo e o uso das edificações do bairro. Por essa razão, deve ser aprovada no COMPUR a mudança do uso do espaço. Várias dúvidas emergem: se o local é apropriado, se a quantidade de alunos vai afetar a vida da comunidade, se o espaço reservado para a comunidade será feito e, principalmente, se essa ação vai abrir precedente para outros prejuízos para a ADE.

Estavam presentes na reunião representantes da Associação Comunitária do Bairro Santa Tereza, Ibiraci do Carmo e Dani Jorge do movimento Salve Santa Tereza. Paralelamente, foi proposta, em conjunto com a conselheira Cláudia Pires, uma reunião no bairro, para que todos os moradores e moradoras tenham uma chance de se manifestar. Sabe-se que os moradores do entorno no Mercado estão sofrendo com o descaso, que tem deixado o local sujo, com ratos e outras infestações. A negligência completa aumenta o senso de urgência para uma decisão que deve ser tomada com cautela, para garantir o melhor resultado para os santaterezenses.Saiba mais:

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