Quem passou pela Praça Duque de Caxias no fim da tarde de sexta-feira, 24 de julho, foi levado pelo som de tambores. Muita gente até parou para assistir a aula aberta “O som do Tambor Mineiro”, com Maurício Tizumba, realizada gratuitamente, dentro da programação do Festival de Inverno da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). A aula contou com 20 participantes.
“Achei muito interessante ver que muitos deles são de Santa Tereza, mesmo sendo uma aula aberta e divulgada em várias mídias, podendo receber gente de fora. É uma prova de que os moradores participam e prestigiam o que acontece no bairro”, avalia Tizumba. Sobre a estratégia de realizar as aulas em praças públicas, o artista elogia a UFMG: “Muito boa essa iniciativa, porque a universidade precisa vir para rua! Se ela fizer eventos só internamente, estará produzindo conhecimento para o próprio umbigo. Mas quando a universidade quebra essa barreira e vem pra rua, a ciência aumenta, o conhecimento expande…”
Rosângela Corrêa, junto com as sobrinhas Vanessa e Regina Corrêa, todas moradoras de Santê, participaram. Apenas Vanessa já tinha intimidade com a percussão, como conta: “Estou aprendendo pandeiro e tamborim, mas também amo tambor. Foi uma aula excelente, extremamente didática, vigorante e estimulante”.
As outras duas, que tiveram a primeira experiência com o tambor, também gostaram. “Adorei e, para uma iniciante, acho que até me saí bem!”, declara, empolgada, Rosângela. “Deu para pegar uma boa noção, tanto que no final a gente estava tocando legal, todo mundo em sintonia. Agora eu quero mais, até me animei a fazer aulas de percussão”, confessa. “Podemos dizer que a aula despertou a africanidade que há dentro de nós”, completa Vanessa.
