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Atenção para a febre amarela

Atenção para a febre amarela: quem não vacinou deve procurar o posto de saúde

A morte do músico e presidente da Rede Minas e da Rádio Inconfidência, Flávio Henrique Alves de Oliveira, se soma à confirmação de 12 casos de febre amarela em Minas Gerais, no período de julho de 2017 até o momento, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Por isso, a Secretaria Estadual da Saúde alerta a população sobre a importância da vacinação e pede atenção especial do público masculino, que se vacine. O foco nos homens é devido ao fato de que  as estatísticas apontam uma cobertura menor entre indivíduos do sexo masculino, entre 15 e 59 anos.

Essas e todas as outras ações desempenhadas pelo Estado desde a primeira notificação da doença, em janeiro de 2017, ainda segundo dados da SES -MG, contribuíram para que Minas Gerais alcançasse a atual cobertura vacinal de 81%, índice superior ao registrado no mesmo período de 2016, que era de 47%. Entretanto, o subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde, Rodrigo Said, ressalta que mesmo com essa cobertura, ainda há mais de 3,6 milhões de pessoas não vacinadas no estado.

Prevenção e vacinação

Atualmente o estado está abastecido com mais de um milhão de doses da vacina, que já faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. A vacina é indicada para crianças a partir de nove meses e jovens e adultos. Idosos acima de  60 anos de idade podem se vacinar mediante avaliação por profissionais no próprio Posta de Saúde..

Em Belo Horizonte, quem não foi ainda vacinado deve procurar o Posto de Saúde mais próximo de sua casa.
Os 152 centros de saúde da capital estão abastecidos com a vacina contra a febre amarela.

Como a transmissão urbana da febre amarela só é possível por meio da picada de mosquitos, a prevenção da doença também se dá por meio da eliminação dos criadouros dos mosquitos. A cooperação do cidadão e cidadã é fundamental eliminando os criadouros do mosquito transmissor.

Postos de vacinação

Em Belo Horizonte, os 150 postos de saúde estarão abertos excepcionalmente neste sábado, 20, de 8h às 17h, para vacinação.
Os postos mais próximos de Santa Tereza:
Centro de Saúde da Rua Anhanguera, 226
Centro de Saúde Pompeia: Rua Leopoldo Gomes, 440
Centro de Saúde Marco Antonio de Menezes: Rua Petrolina, 869/871, Horto
Centro de Saúde Paraíso: Avenida Mém de Sá, 1.001

Clique aqui e veja todos os postos da cidaque estão vacinandode 

Vacina indicada para as seguintes pessoas

Para proteção basta uma única dose da vacina. Quem já se vacinou está imunizado para a vida toda.

A vacina será aplicada para pessoas acima dos 9 meses e que ainda não tenham recebido nenhuma dose. Na situação atual, com circulação comprovada do vírus da febre amarela na Região Metropolitana de Belo Horizonte e casos confirmados da doença em pessoas residentes de Belo Horizonte a vacinação também será aplicada em pessoas acima de 60 anos, gestantes e lactantes, que não tenham sido imunizadas antes.

A vacina é contra indicada nesses casos:

 Crianças menores de 9 meses de vida
Pessoas com alergia grave ao ovo ou outro componente da vacina
Portadores de imunosupressão grave
Pessoas em uso de corticóide em doses elevadas
Portadores de doenças: lúpus, artrite reumatoide, doenças de Addison e do Timo (miastenia gravis, timona).

Como acabar com os criadouros do mosquito

Manter a caixa d’água está bem fechada
Não acumular vasilhames no quintal como garrafas, plásticos, latas. Um simples copo descartável com água pode ser um criadouro.
Verificar se as calhas não estão entupidas
Eliminar qualquer recipiente como pratos de vasos, latas e pneus contendo água.
O acúmulo de água é ambiente ideal para que a fêmea do mosquito ponha seus ovos. Portanto, deve-se evitar água parada em recipientes destampados.

Além disso, é bom usar repelentes de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o corpo. Os meses de dezembro a maio são o período de maior número de casos com transmissão considerada possível em grande parte do país.

História da febre amarela

A origem do vírus causador da febre amarela foi motivo de discussão e polêmica durante muito tempo, porém estudos recentes utilizando novas técnicas de biologia molecular comprovaram sua origem africana. O primeiro relato de epidemia de  doença semelhante à febre amarela é de um manuscrito maia de 1648 em Yucatan, México. Na Europa, a febre amarela já havia se manifestado antes dos anos 1700, mas foi em 1730, na Península Ibérica, que se deu a primeira epidemia, causando a morte de 2.200 pessoas. Nos séculos XVIII e XIX os Estados Unidos foram acometidos repetidas vezes por epidemias devastadoras, para onde a doença era levada através de navios procedentes das índias Ocidentais e do Caribe.

No Brasil, a febre amarela apareceu pela primeira vez em Pernambuco, no ano de 1685, onde permaneceu durante 10 anos. A cidade de Salvador também foi atingida, onde causou cerca de 900 mortes durante os seis anos em que ali esteve. A realização de grandes campanhas de prevenção possibilitou o controle das epidemias, mantendo um período de silêncio epidemiológico por cerca de 150 anos no País.

A febre amarela apresenta dois ciclos epidemiológicos de acordo com o local de ocorrência e o a espécie de vetor (mosquito transmissor): urbano e silvestre. A última ocorrência de febre amarela urbana no Brasil foi em 1942, no Acre. Hoje, ainda se teme a presença da febre amarela em áreas urbanas, especialmente depois do final da década de 70, quando o mosquito Aedes aegypti retornou ao Brasil.

O ciclo silvestre só foi identificado em 1932 e desde então surtos localizados acontecem nas áreas classificadas como áreas de risco: indene (estados do Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Amapá, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Distrito Federal e Maranhão) e de transição (parte dos estados do Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

No período de 1980 a 2004, foram confirmados 662 casos de febre amarela silvestre, com ocorrência de 339 óbitos, representando uma taxa de letalidade de 51% no período.

Fonte: Ministério da Saúde
Matéria atualizada em 19 de janeiro, às 10h.

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