25 de novembro, dia intenacional de combate à violência contra a mulher - Santa Tereza Tem
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25 de novembro, dia intenacional de combate à violência contra a mulher

A cada dois minutos, cinco mulheres brasileiras já foi espancada. Uma, em cada cinco brasileiras, já sofreu com a violência. Em 64% dos casos, as crianças testemunharam o espancamento da mãe. Em quase 20%, elas também sofreram agressões físicas. Somente no primeiro semestre de 2013, o 180, a Central de Atendimento à Mulher, recebeu 306.201 chamadas.

De 1980 a 2010, foram assassinadas no país cerca de 92.100 mil mulheres no Brasil, 43,5 mil só na última década. Em 2010, em Belo Horizonte, 78 a cada 100 mil mulheres foram assassinadas, colocando a cidade em 170º lugar no país e em 18º lugar no estado.

Na maioria das vezes, o assassinato ocorre porque ela é mulher. Isso é denominado feminicídio. Os dados são do Disque 180 e do Mapa da Violência.

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São os maridos, parceiros, namorados e parentes os culpados mais comuns, ao invés de um criminoso desconhecido. A Lei Maria da Penha (Lei 11.304/2006) foi criada porque, após várias denúncias que foram ignoradas, o esposo de Maria da Penha usou uma arma contra ela, deixando-a paralisada. A lei, no entanto, ainda não tem sido amplamente aplicada no território brasileiro e está sujeita a interpretações de policiais e juízes. Muitas mulheres ainda não têm conhecimento da lei e ainda são muitas as que não denunciam a violência de que são vítimas. No entanto, enquanto uma lei pode ser eficaz em punir os culpados, ela possivelmente não será capaz de modificar o comportamento e a atitude em relação a esse ato.

A violência contra a mulher acontece por causa do enraizamento da ideia de que a mulher é uma propriedade e que ela “deve” respeito ao homem. Isso gera uma cultura de violência, onde é permitido, agredir verbalmente e emocionalmente, bater, estuprar, matar, entre outros tipos de agressões descritas na Lei Maria da Penha.  Em mais de 80% dos casos, o culpado é o parceiro, ou ex. 46% dos casos relataram risco de vida ao Disque 180. De acordo com dados da pesquisa “Percepções sobre a violência doméstica contra a mulher no Brasil – 2011 (Instituto Avon/Ipsos), as principais razões para a violência contra a mulher são machismo (46%) e alcoolismo (31%).

As campanhas para acabar com os maus tratos contra a mulher têm sido muitas, em particular realizadas pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. É um mal que deve ser cortado pela raiz, ou seja, na infância. É importante que desde cedo as crianças, meninos e meninas, entendam seus direitos e deveres e aprendam sobre a igualdade e o tratamento  respeitoso que é devido a todos, independente do sexo.  É preciso que os meninos entendam que as meninas merecem viver sem medo e sem dor e elas precisam aprender a se imporem e parar com o ciclo de violência.

Não se engane. A violência contra a mulher continua em alta e só vai parar quando cada um e cada uma fizer a sua parte. Quando fizerem aquela boa e velha piadinha “por que não tem dia dos homens?” ou “por que só querem proteger só a mulher de violência?” lembrem-se de que as mulheres ainda não têm posse de todos os seus direitos e que a violência feita contra ela, é enviesada: não é por causa de assalto, drogas ou “sem querer”. É porque ela nasceu mulher e a sociedade ensina que por isso ela vale menos. Se você for vítima de violência ou conhece alguém sofrendo com isso, denuncie!

Em Belo Horizonte são vários os locais onde você pode denunciar e contribuir para a garantia dos direitos de mulheres em situação de risco ou vítimas da violência doméstica:

Disque Denúncia Nacional (Central de Atendimento à Mulher): 180 (sigilo completo do denunciante)

Disque Direitos Humanos Estadual: 0800 31 11 19 (sigilo completo do denunciante)

 Bem-Vinda – Centro de Referência Bem Vinda de Belo Horizonte 

Orienta mulheres em situação de risco e, se necessário, encaminha à Casa Abrigo Sempre-Viva . O endereço da Casa Abrigo Sempre-Viva é sigiloso e ela recebe filhos menores de 18 anos.
Rua Hermilo Alves, 34 – Santa Tereza – BH/MG – cep 30.110-060
Telefones: (31) 3277.4379 / 3277.4380   Fax: (31) 3277.9758

 CAVIV – Centro de Apoio às Vítimas de Violência Intra-familiar de Belo Horizonte
Rua Espírito Santo, 505 – Centro – BH/MG – cep 30.160-030
Telefone: (31) 3277.9761   Email: caviv@pbh.gov.br

 NAVCV – Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes Violentos de Minas Gerais
Rua da Bahia, 1.148 – sala 331 – Edifício Maleta – Centro – BH/MG – cep 30.160-906
Telefone: (31) 3214.1897 / 1898   Fax: (31) 3214.1903   Email: crimesviolentos@yahoo.com.br

 Centro Risoleta Neves de Atendimento à Mulher de Belo Horizonte
Rua Pernambuco, 1.000 sl. 18, 21 e 22 – Bairro Funcionários – BH/MG – cep 30.130-150 Tel: (31) 3261.0696 / 3236 / 4421  Fax: 3261.7971  Email: coordenadoria.mulher@social.mg.gov.br

 Conselho Estadual da Mulher
Rua Pernambuco, 1000 – Funcionários – CEP: 30130-150
Horário de funcionamento: 2ª a 6ª de 08h às 12h e 14h às 18h
Telefones: 3261-0696/ 7971

Delegacia especializada de crimes contra a mulherAv. Barbacena, 288 – Barro Preto -Telefone: (31) 3330-5707
Disque denúncia: 180 (denúncia anônima)

 Curso Para Capacitação e Geração de Renda Para Mulheres
Rua Pernambuco, 1000 – Funcionários – CEP: 30130-150
Horário de funcionamento: 2ª a 6ª de 08h às 12h e 14h às 18h
Telefones: 3261-0696/ 7971

 Centro de Referência em Violência Doméstica e Exploração Sexual
Rua Santo Agostinho, 1271 – Instituto Agronômico – CEP: 31035-490 / Horário de funcionamento: 2ª a 6ª de 8h às 18h
Telefone: 0800-2831244

 Coordenadoria Municipal de Direitos da Mulher
Rua Espirito Santo,505, 9º andar,Centro
Telefone: (31) 3277-9758 / Fax: 3277-9754 / E-mail: comdimbh@pbh.gov.br

Disque Cidadã – Central de atendimento às mulheres de Belo Horizonte.
Telefone: 3277-4755 / Atendimento: 2ª a 6ª de 8h às 18h

Cidadania da Mulher
Telefone: 3277-4571

 Atendimento/acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica – Pastoral da Mulher Marginalizada de Belo Horizonte 
Rua Bonfim, 762, Bonfim
Rua Além Paraíba, 228, Lagoinha
Telefones: 3422-5968/ 3428-8115/ Fax: 3221-8923 / E-mail: apmmbh@yahoo.com.br

Fontes:

https://www.redehbh.org.br/180.html

https://ajudabeaga.objectis.net/informacao-utilitaria-1/mulher

www.sepm.gov.br

https://pastoraldamulherbh.blogspot.com.br

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