Casamento na praça em Santa Tereza - Santa Tereza Tem
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Casamento na praça em Santa Tereza

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Thiago e Dandara escolheram a praça para celebrar o casamento

Texto e fotos: Brígida Alvim

No último sábado, 28 de fevereiro, uma Praça em Santa Tereza, a Coronel José Persilva, sediou um evento inusitado: uma cerimônia de casamento, com direito a noivos, padrinhos, damas de honras e convidados. Começou às 16:30, com a entrada de Thiago Saraiva Matos, o noivo, os pais e os padrinhos. Os convidados já estavam a postos, de pé, formando um corredor até o altar, quando ouviram um barulho de motor, que foi chegando mais perto até parar. Era um fusquinha branco, com malas de viagem por cima, que estacionou e de dentro dele saiu Dandara Costa Saraiva Matos, a noiva.

O pastor não se conteve em elogiar o local e a originalidade da cerimônia religiosa. “Quero parabenizar vocês pela escolha de um espaço público como capela. E que capela!”, disse, observando as belas copas das árvores que cobriram a todos. E ressaltou que o ponto que mais lhe chamou a atenção foi a recomendação de traje no convite: “vá vestido da forma que você se sentir mais feliz”, o que o encorajou a trocar o terno e a gravata por uma roupa leve e confortável.

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Entre os convidados, o labrador de coleira de flores

E foi nesse clima de simplicidade, bem-estar e descontração que prosseguiu-se o casório. Aos poucos, vizinhos e transeuntes da praça se aproximavam e ajeitavam lugar para assistir ao casamento. Dandara e Thiago trocaram votos, declarações de amor e alianças. Selaram um belo beijo, receberam aplausos, tomaram banho de rosas e receberam cumprimentos. A festa de recepção se estendeu para o bar Copa, do outro lado da rua, onde o casal reservou mesas para os convidados.

“Foi lindo, perfeito! Estávamos apreensivos pela chuva, mas não faltou sol. A decoração foi simples, criativa e bonita. Imagino que vai abrir precedentes para que outros casais façam o mesmo. Quem não tiver condições de fazer uma celebração, agora verá que pode”, avalia Fátima Matos, tia do noivo.

Diego Custódio, primo de Tiago, estava bem à vontade, como sugeriram os anfitriões. Além de trajar bermuda e camisa, ele levou sua cadela labrador Zoey, que esbanjava charme com a coleira de flores coloridas. “Achei a proposta muito interessante e alternativa, além de democrática”, observou.

“A Dandara sempre foi muito autêntica e única, e encontrou o Thiago que é sua alma-gêmea. A simplicidade e a delicadeza do lugar refletem verdadeiramente o estilo dos noivos. Ficamos encantados!”, declara Naíra Costa, prima de Dandara.

Ambiente intimista

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O beijo ao final da cerimônia

A forma inusitada de celebrar a união partiu da noiva, que explica: “A decisão foi por acreditar que os espaços públicos oferecem inúmeras possibilidades e temos que aproveitar disso. Concordamos com iniciativas como o ‘Piseagrama’, que estimula a apropriação do espaço público pelas pessoas. Outro motivo é o custo-benefício, pois se fôssemos casar na igreja pagaríamos no mínimo R$ 1.500. Na praça, além de não gastar com aluguel, foi possível optar por uma decoração simples, respeitando, acima de tudo, as características naturais do local”.

O noivo adorou a proposta. E o casal então pesquisou e visitou diversas alternativas de locais até chegar à Cel. José Persilva. Segundo a noiva, a escolha pela pequena e singela praça do bairro Santa Tereza se deve à possibilidade de ter os convidados mais próximos. “Um ambiente mais intimista e a nossa cara!”, define.

Familiares e amigos dos dois se surpreenderam com o ineditismo e prontamente compraram a ideia. “Muitos ajudaram nos preparos, inclusive a limpar e a decorar o espaço. Também os órgãos públicos, a regional da prefeitura e a polícia militar, foram atenciosos e apoiaram a realização. Tudo fluiu muito bem!”, comemora Ione Costa, mãe de Dandara.

João Paulo Neves, colega de trabalho da noiva, revela que ela compartilhou a ideia desde o princípio e buscou ajuda para viabilizar as providências. “Dessa forma, todas as pessoas mais próximas do casal contribuíram. De tão criativa, a ideia gerou um trabalho colaborativo e acredito que saiu da forma que eles queriam, ou até melhor… Foi sensacional!”.

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